Por RFI


Policiais vestidos com proteção instalam um ponto de controle em uma estrada nesta terça-feira (4), nos arredores da capital Manila, nas Filipinas — Foto: AP Photo/Aaron Favila

Mais de 27 milhões de filipinos, cerca de um quarto da população do país, voltaram ao confinamento nesta terça-feira (04) diante do agravamento da epidemia de Covid-19. Desde o início de junho, as infecções quintuplicaram, superando a marca dos 100 mil casos.

O isolamento foi anunciado com apenas 24 horas de antecedência, levando muitos moradores a ficarem presos na capital, Manila, depois que o transporte público, incluindo voos, pararam de funcionar.

"Não temos mais dinheiro. Não podemos deixar o aeroporto porque não temos família aqui", lamenta Ruel Damaso, um trabalhador da construção civil de 36 anos, que gostaria de voltar para Zamboanga, no sul do país.

"Não estávamos à altura da tarefa. Ninguém esperava por isso", admitiu o presidente Rodrigo Duterte.

E ele não é o único líder a se preocupar. Em Genebra, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou para os riscos de uma epidemia muito longa e, especialmente, sem uma solução milagrosa.

"Não existe panaceia e talvez não haja nunca", alertou na segunda-feira (03) durante uma videoconferência. “Os ensaios clínicos nos dão esperança. Isso não significa necessariamente que teremos uma vacina eficaz, especialmente de longa duração”, disse ele.

Fortes progressões

A pandemia avança com fortes progressões, especialmente na América do Sul e no Caribe, onde o número de casos agora ultrapassa 5 milhões.

Também cresce a preocupação na Oceania, onde diversas restrições estão sendo adotadas em Melbourne, na Austrália. A partir da meia-noite de quarta-feira (5), todos os negócios não essenciais serão fechados, assim como as administrações públicas, uma medida além do toque de recolher imposto desde a noite de domingo (2).

Até o momento, mais de 18 milhões de pessoas em todo o mundo foram infectadas pelo vírus e mais de 680 mil morreram, de acordo com um relatório apresentado nesta segunda-feira pela AFP.

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