Brasil e Política

Por Valor Investe — São Paulo

O avanço da pandemia do novo coronavírus no Brasil e a necessidade de distanciamento social deve levar à falência de 10% dos hotéis, segundo a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) estima a falência de 10% dos hotéis.

A falta de clientes deve levar ainda ao fechamento de 30% dos restaurantes e similares em toda a rede brasileira, cerca de 200 mil estabelecimentos, de acordo com cálculos da Confederação Nacional do Turismo (CNTur).

Para Wilson Luiz Pinto, secretário geral da CNTur, o grande problema é que restaurantes possuem pouco capital de giro, por ser atividade de alto custo e com margem de lucro baixa.

"Um ponto comercial precisa ser num lugar bem visível, com um valor aluguel extremamente caro. A atividade também exige muitos funcionários e, além disso, temos uma alta carga de imposto sob os ombros da categoria. É impossível ficar um mês parado, sem faturar. Os números são tristes, mas teremos, só na cidade de São Paulo, mais de 20 mil pedidos de falência. Uma situação que irá demorar anos para revertermos", afirma Luiz Pinto, que também é presidente do Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares de São Paulo (SindResBar-SP).

"Estudos da JP Morgan mostram que temos menos fôlego pra aguentar a crise, entre todas as atividades econômicas. O documento mostra que setor aguentaria 16 dias fechado, ou seja, já entramos num colapso de vendas, com queda de faturamento de 90%", avalia Paulo Solmucci, presidente Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

Uma das modalidades que vem mantendo o setor, o delivery, não é visto como uma solução definitiva por Solmucci.

Segundo o dirigente, o sistema ameniza, mas não é o bastante para quitar as contas dos estabelecimentos.

"O salão que realmente é responsável pelo faturamento, a maioria absoluta dos restaurantes não consegue pagar nem mesmo a folha salarial com pedidos por telefone. Essa modalidade é uma medida paliativa. Precisamos que essa pandemia passe rapidamente, se não o prejuízo será ainda maior", diz.

Os hotéis também sentem forte o baque da crise, segundo Alexandre Sampaio, presidente da FBHA.

"Fomos os primeiros a sofrer com a pandemia e seremos os últimos a voltar à atividade normal. Estimamos que mais de três mil hotéis e pousadas fechem as portas, durante essa crise, pelo alto custo de manutenção e funcionamento desse tipo de estabelecimento", afirma.

Desemprego preocupa sindicatos

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (Contratuh), que representa mais de quatro milhões de trabalhadores do setor, afirma que busca aditamento das convenções coletivas para tentar reduzir a onda de demissões nessa crise econômica, contando com o auxílio do governo federal para completar a renda da categoria.

O presidente da confederação, Wilson Pereira, afirma que é possível ter até meio milhão de desempregados no setor de turismo e hospitalidade, que engloba hotéis, restaurantes e bares.

"Vamos tentar mitigar ao máximo essa crise, mas é inevitável a grande perda de empregos", diz Wilson Pereira.

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