Política
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Por Renan Truffi e Fabio Murakawa — De Brasília

O presidente Jair Bolsonaro entrou no circuito para tentar catapultar a candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao governo de São Paulo. Diante do avanço do adversário Rodrigo Garcia (PSDB) sobre o eleitorado bolsonarista no Estado, Tarcísio e Bolsonaro acertaram, nos últimos dias, alguns “ajustes” na estratégia de campanha.

Diferentemente do que vinha acontecendo, Bolsonaro ganhará mais espaço nas promessas e discursos de Tarcísio. A ideia é que o candidato do Republicanos passe a colar a imagem ao presidente, sobretudo nas cidades do interior de São Paulo, onde Bolsonaro teve quantidade expressiva de votos em 2018.

A “correção de rumos” acontece depois que políticos do PSDB ensaiaram tentar uma aproximação entre Garcia e Bolsonaro no Estado. Os tucanos sentiram-se estimulados pela falta de espaço do presidente da República na campanha de Tarcísio, algo que provocava críticas, inclusive, dos aliados do Palácio do Planalto no Estado.

Membros da ala mais radical do bolsonarismo consideravam “tímido” o espaço destinado ao presidente na campanha de Tarcísio.

Diante dessa situação, o ex-ministro da Infraestrutura passou boa parte de terça-feira com o presidente e assessores. Bolsonaro e Tarcísio tiveram reuniões tanto no Palácio do Alvorada quanto no Planalto.

Nas conversas, que tiveram a participação do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), eles decidiram que irão desenhar um “roteiro” de viagens pelo interior paulista.

A avaliação interna é que a disputa neste momento é contra o atual governador e não contra o nome do PT, o ex-prefeito Fernando Haddad.

Segundo aliados do candidato do Republicanos, Garcia está conseguindo atrair os eleitores de Bolsonaro, o que tem evitado o crescimento de Tarcísio nas pesquisas de intenção de voto.

Como parte dessa ofensiva, um dos filhos do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), também passará a ser uma figura mais frequente nas agendas de campanha de Tarcísio, o que não acontecia até agora. O primeiro ato desse realinhamento será a participação do presidente da República na convenção do Republicanos, dia 30, quando a candidatura do ex-ministro da Infraestrutura será oficializada junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O entendimento do núcleo de campanha de Tarcísio é que a disputa em São Paulo também será nacionalizada - ou seja, haverá um representante de Bolsonaro e outro do PT no segundo turno. Por ora, entretanto, o nome do Republicanos precisa focar em derrubar Garcia, como forma de se fortalecer para a briga com o petista na etapa seguinte.

Segundo interlocutores de Bolsonaro, o distanciamento entre Tarcísio e o presidente havia acontecido em razão do receio de que o ex-ministro pudesse acabar atraindo a rejeição bolsonarista antes mesmo de seu crescimento nas pesquisas. Esse cuidado pode continuar, mas apenas em relação à capital paulista, onde a estratégia será diferente, ou seja, com menor participação do presidente.

Nas reuniões desta semana, em Brasília, Tarcísio e Bolsonaro também discutiram a indicação do nome que irá compor a chapa dele na disputa pelo Senado. A decisão ainda não está sacramentada, mas o Valor apurou que a tendência é que o astronauta Marcos Pontes, ex-ministro de Ciência e Tecnologia do governo, seja o escolhido para a vaga.

Isso porque os outros dois cotados, deputados Marcos Feliciano (PL-SP) e Carla Zambelli (PL-SP), são considerados bons “puxadores de votos” e servirão mais ao bolsonarismo se ajudarem a aumentar a bancada do atual presidente na Câmara.

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