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Por GloboEsporte.com — Sevilha, Espanha

Quem acompanhou a volta do Campeonato Espanhol e esperava as arquibancadas vazias no Ramón Sánchez Pizjuán talvez tenha estranhado. A transmissão de Sevilla 2 x 0 Real Betis mostrou para o mundo como serão os jogos da liga até o fim da temporada: com gritos e torcida virtuais. Mas a figura de um setor do estádio preenchido chamou atenção.

O recurso é disponibilizado pela La Liga, organizadora do torneio, que envia o sinal a todas as emissoras detentoras dos direitos de transmissão. No Brasil, a partida foi exibida com o ambiente digital.

Detalhe do sinal da transmissão de Sevilla x Betis, com a arquibancada virtual — Foto: Reprodução/Movistar+

Na Espanha, o canal “Movistar+” disponibilizou dois canais diferentes e deu a opção para o torcedor: ver com torcida vitual ou assistir ao jogo como ele ocorreu, com arquibancadas vazias e sem som dos fãs.

No entanto, alguns internautas espanhóis criticaram o recurso, que é semelhante ao utilizado pelos jogos de videogame de futebol. Até o jornal “El País” escreveu que o desenho na arquibancada parecia “confete compactado”.

Público virtual do Fifa 20 x Público virtual da La Liga

O público virtual de Sevilla x Betis me lembra aqueles dos jogos de 8 bits dos anos 1980. De qualquer maneira, parabéns pela iniciativa

O público virtual do Grande Dérbi

Para o áudio, a La Liga conta com a mesma tecnologia usada pela EA Sports para os jogos da franquia Fifa.

Para preencher o vazio nas arquibancadas, a entidade utiliza um recurso disponibilizado por uma empresa norueguesa. A tecnologia apenas oferece uma imagem que se assemelha a vários torcedores sentados, mas imóveis e sempre nas cores da equipe mandante.

Proibidos de ir ao estádio, vários torcedores de Betis e Sevilla se reuniram em bares da cidade e assistiram ao dérbi. Alguns de máscara. Outros não.

Torcida no bar em Sevilha assiste ao clássico Sevilla x Betis. Todos de máscara — Foto: AFP

Torcida do Betis acompanha o clássico em bar... mas ninguém usa máscara — Foto: Raúl Caro/EFE

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