• Rafael Faustino
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Waze já tem 115 milhões de usuários no mundo todo (Foto: Divulgação?waze)

Waze tem 115 milhões de usuários no mundo todo (Foto: Divulgação/Waze)

Plataforma colaborativa que ajuda milhões de motoristas a escapar do trânsito todos os dias, o Waze vem expandindo seus serviços e formas de engajamento com empresas, governos e usuários. Nesta manhã, diretores do app que pertence ao Google revelaram números da empresa, e iniciativas que a startup vem tomando para ser uma solução de mobilidade  mais eficiente.

Confira:

O tamanho do Waze


São 115 milhões de wazers no planeta, segundo a empresa. O aplicativo funciona em 75 países e foi traduzido em mais de 50 idiomas.

São 14 milhões de usuários no Brasil, que é o maior mercado latino-americano e um dos cinco maiores em todo o mundo, segundo o gerente geral do Waze no Brasil, Leandro Espósito. As duas cidades mais populosas respondem por boa parte desse volume: 4,5 milhões dos motoristas ativos no Waze estão em São Paulo, e 1,7 milhão no Rio de Janeiro.
 

Relação com consumo

De acordo com a empresa, 20% do total das rotas traçadas por motoristas brasileiros no Waze têm como destino estabelecimentos comerciais. Shopping centers, restaurantes e supermercados são os principais.

Motivado por isso, e pela gigante base de dados que acumula sobre o trajeto das pessoas em seus carros, o Waze vem ampliando suas ferramentas para que empresas anunciem sua marca durante a viagem.

Algumas das novidades são a inclusão do inventário do app na plataforma global de venda de anúncios online do Google, o Display & Video 360, e também a possibilidade de que uma empresa segmente suas campanhas para usuários que visitaram seu estabelecimento recentemente e compare seu desempenho com concorrentes.

Colaboração com governos


Por meio do programa Connected Citizens, o Waze mapeia suas informações dos trajetos realizados para ajudar parceiros governamentais no planejamento urbano ou em grandes operações de infraestrutura.

Na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, a troca de informações com o governo local possibilitou uma redução de até 27% dos engarrafamentos em horários de pico, segundo o Waze.

Em outros casos, a mera consulta a algumas informações pode possibilitar melhorias urbanas. No ano passado, o surto de febre amarela motivou um aumento de 50% na procura de postos de saúde pela plataforma.

Outros tipos de colaboração dizem respeito à interdição de vias em dias e horários específicos. “Tendo uma interlocução com prefeituras e autoridades de trânsito que nos avisem se uma corrida de rua vai fechar algumas vias no fim de semana, conseguimos informar isso rapidamente para os motoristas em nosso mapa”, diz Espósito.

Comunidade interativa


Por trás de todas as informações dadas em tempo real pelo aplicativo, há uma equipe de desenvolvedores do Waze e 30 mil editores de mapa espalhados pelo mundo — 2 mil deles no Brasil. São voluntários (e muitas vezes usuários da plataforma) que se dedicam a atualizar constantemente informações sobre trânsito, vias fechadas  e outras ocorrências.

Qualquer um pode fazer isso. Mas as informações são validadas pelo consenso de várias outras, para que não haja perigo de “fake news” no aplicativo. “Quando você começa a inserir informações, só pode editar coisas muito pequenas. Conforme ganha experiência e mostra que é um editor de credibilidade, ganha poder para fazer modificações maiores”, afirma Espósito.

Futuro da mobilidade


Se o número de carros nas ruas diminuir cada vez mais, como é previsto que aconteça, como o Waze se sustentará? A equipe do app diz estar de olho nas mudanças, e até criando soluções que colaborem para que muitos veículos fiquem na garagem.

Uma delas é o Carpool, um app de caronas para quem faz trajetos semelhantes, lançado no Brasil há pouco menos de um ano. Foram feitas cerca de 60 parcerias com grandes empresas e centros empresariais para que os funcionários se organizem por meio do app na ida e volta do trabalho.

“Ninguém diria há um ano que hoje teríamos tantos patinetes nas ruas. É preciso ver que essas mudanças também geram oportunidades. Apostamos que a mobilidade vai funcionar cada vez mais por meio de ecossistemas colaborativos como o nosso, e pretendemos estar presentes neles”, diz o gerente geral do Waze no país.