Após um avanço no início da pandemia, as vendas de material de construção apresentam recuo nos últimos meses, refletindo uma desaceleração das reformas domésticas, o chamado “consumo formiguinha”, aponta o gerente da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cristiano Santos.
“O material de construção, que veio forte nos primeiros meses da pandemia, agora tem uma queda nos últimos dois meses, até em função da alta dos meses anteriores. Havia uma influência grande do consumo por famílias, com reformas domésticas, no consumo formiguinha”, afirma Santos.
Em novembro, houve recuo de 0,8% frente ao mês anterior, após perda de 0,5% em outubro ante setembro. As vendas de material de construção caíram em março (-16,9%) e abril (-4,8%), na comparação com o mês anterior, mas depois começaram a subir. Foram cinco altas seguidas: maio (17,3%), junho (14,0%), julho (6,0%), agosto (4,0%) e setembro (2,5%).
Na comparação com igual mês do ano anterior, as vendas de material de construção seguem em alta há seis meses seguidos, desde junho. Em novembro, a expansão foi de 17%. No resultado acumulado em 2020, até novembro, a alta é de 10,1%.