Cultura

Mestre do blues contemporâneo, Lucky Peterson morre aos 55 anos

Guitarrista, organista e cantor foi atração do Rio das Ostras Jazz & Blues Festival em 2019
O bluesman Lucky Peterson durante show em 2015, nos Estados Unidos Foto: EVA HAMBACH / AFP
O bluesman Lucky Peterson durante show em 2015, nos Estados Unidos Foto: EVA HAMBACH / AFP

DALLAS (EUA) — Morreu no último domingo, aos 55 anos, no Texas, o músico de blues americano Lucky Peterson.

Uma mensagem publicada em sua página no Facebook anunciou a morte "com grande pesar", dizendo que Peterson foi levado às pressas para um hospital em condições críticas, após passar mal em sua casa, na cidade de Dallas.

Pioneiro: Morre Florian Schneider, do Kraftwerk, um dos pais do pop eletrônico

"Neste momomento, por favor, respeitem a privacidade da família, mas a tenha em suas orações", diz a publicação na rede social.

O jornalista e crítico musical francês Alex Dutihl afirmou que Peterson morreu por conta de "uma intensa hemorragia cerebral".

Guitarrista, organista e cantor, Judge Kenneth Peterson — seu nome de batismo — era um artista celebrado no mundo do blues e do jazz, e atração frequente em festivais destes gêneros.

Esteve no Brasil pela última vez em 2019, quando se apresentou no Rio das Ostras Jazz & Blues Festival (veja trecho do show abaixo), evento do qual foi atração também em 2013.


Peterson viveu da música desde o início. Descoberto pelo mestre do baixo Willie Dixon aos três anos, lançou seu primeiro disco com apenas cinco anos de idade. Em 2003, saiu o aclamado disco "Black midnight sun", quando Peterson foi rotulado como um "mestre da guitarra, do órgão e do microfone" pela revista "New Yorker".

Lidou com o vício em drogas, mas conseguiu a reabilitação, retratada no álbum "You can always turn around", de 2010. Era considerado um mestre do blues contemporâneo.

Seu último álbum, "50 just warming up!", foi lançado em 2019.

Peterson deixa quatro filhos e a mulher Tamara Tramell, também cantora de blues.