Política
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A eleição de Marcelo Crivella (PRB) à Prefeitura do Rio de Janeiro repercute nesta segunda-feira na imprensa internacional. O site do britânico “The Guardian” colocou a notícia sobre o novo prefeito como manchete e destacou que a cidade, “uma vez famosa como a capital de festas e cidade sede dos Jogos Olímpicos”, parece “pronta para entrar em uma nova era conservadora.

O jornal lembra o histórico de Crivella, um ex-cantor gospel, sobrinho do fundador da sua poderosa igreja, a Universal, que estava concorrendo pela terceira vez.

Sua formação religiosa conservadora, assim como acusações de fraude, foram citadas como fatores negativos em suas duas tentativas anteriores, mas elas podem ter trabalhado em seu favor neste momento. A ligação de Crivella com a Igreja Universal foi um dos pontos mais destacados pelo jornal.

O periódico lembra do passado de Crivella como cantor gospel e cita sua relação de parentesco com o bispo Edir Macedo. O “Guardian” afirma que a vitória do candidato vem na onda de um fortalecimento da direita, às custas de um “Partido dos Trabalhadores dizimado”.

“Apesar de ter, no passado, condenado católicos e homossexuais, Marcelo Crivella, da Igreja Universal do Reino de Deus, ganhou o controle da cidade em um segundo turno das eleições municipais que ressaltou a ascensão do conservadorismo religioso e o desaparecimento do partido de esquerda que dominou a política nacional por mais de uma década”, diz a publicação.

O "Guardian" lembra que os dois partidos que disputavam o segundo turno do Rio - o PRB e o PSOL - foram considerados por muito tempo como “menores”. “Crivella, um conservador do pequeno Partido Republicano Brasileiro, venceu com 59,4%, confortavelmente à frente de Marcelo Freixo, um respeitado ativista dos direitos humanos de um partido socialista".

O jornal destaca ainda que o terceiro colocado no pleito foi Flávio Bolsonaro, “também um conservador evangélico cujo pai, Jair - um deputado federal -, dedicou seu voto durante o impeachment a um torturador da época da ditadura.”

O jornal observa que o crescimento da população evangélica tem influenciado no quadro político do país, historicamente católico. “Seu impacto eleitoral tem sido impulsionado pelas reformas de financiamento de campanha recentes, que restringem doações corporativas, mas continuam a permitir que igrejas - e seus canais de TV e rádio - direcionem fiéis a seus candidatos preferidos.

Lava-Jato

A aproximação por parte de políticos religiosos com os partidos que formam a base da coalizão de centro-direita do presidente Michel Temer foi ressaltada pelo jornal, que lembrou da vitória de importantes Prefeituras pelo PSDB com o fim do segundo turno.

“Vários líderes desses partidos, juntamente com Crivella, estão implicados no escândalo da Lava-Jato, mas eles não só saíram das eleições ilesos, mas vitoriosos.”

O número recorde de abstenções, além dos votos nulos e brancos chamou a atenção do jornal britânico, que colocou a Operação Lava-Jato como um dos fatores para o descontentamento com a política. “Os eleitores de todo o país mostraram seu desprezo para com todo o sistema político. Houve um número recorde de votos nulos e em branco e muitas pessoas não conseguiram votar por completo, apesar de uma obrigação legal de fazê-lo”.

Ódio disseminado

O americano New Your Times também colocou a eleição de Crivella como um sinal claro do ressurgimento do conservadorismo "na maior nação da América Latina". "A vitória de Crivella é o último sinal do ódio já disseminado por partidos de esquerda em meio à pior recessão do país em décadas e em decorrência do julgamento de impeachment que tirou o Partido dos Trabalhadores após 13 anos no poder".

O mesmo fato é citado pela BBC: “A vitória de Crivella mostra a crescende influência de políticos evangélicos em meio à raiva do eleitor relativa a escândalos de corrupção”.

Autor — Foto: Folhapres

A perda de Prefeituras por parte do PT também ganhou destaque no “Guardian”. Foram citadas principalmente aquelas perdidas no Estado de São Paulo e a da capital pernambucana, onde o candidato petista, João Paulo, perdeu o pleito para Geraldo Julio, do PSB.

“Isso aumenta o terrível momento que vive o partido, que foi retirado do poder este ano com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, e que tem visto seu fundador, Luiz Inácio Lula da Silva, acusado por corrupção e obstrução da justiça na investigação Lava-Jato.”

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