Por Filipe Cury, SP1 — São Paulo


Seis hospitais da capital estão com UTIs lotadas e fecharam as portas para novos pacientes

Seis hospitais da capital estão com UTIs lotadas e fecharam as portas para novos pacientes

Seis hospitais municipais de São Paulo estão com pelo menos 95% de lotação nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) e fecharam as portas para novos pacientes nesta terça-feira (12). Na segunda-feira (11), eram quatro hospitais com 96% de ocupação.

São eles: o Hospital Doutor José Soares Hungria, em Pirituba, na Zona Norte, o Hospital Vereador José Storopolli, na Vila Maria, na Zona Norte, o Hospital Saboya, no Jabaquara, Zona Sul, o Hospital Planalto, em Itaquera, na Zona Leste, o Hospital Inácio Proença de Gouvêa, na Mooca, Zona Leste, o Hospital Municipal de Cidade Tiradentes, no extremo da Zona Leste.

Pacientes de Covid lotam hospitais da rede pública em SP

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A taxa geral de ocupação nas UTIs de hospitais municipais está em 82% nesta terça-feira (12).

Com 96% dos leitos ocupados, o Hospital do Jabaquara já não recebe novos pacientes. O aposentado Odair Gentini disse que está com falta de ar e nem assim conseguiu atendimento. A primeira triagem é feita em uma mesa do lado de fora.

"Eu estou aí desde domingo conversando se eu conseguia uma vaga, não consegui. Estou indo embora lá para o Hospital do Ipiranga", afirma.

No Hospital da Mooca, o movimento de ambulâncias é tão grande que sequer há espaço para estacionar.

No Hospital da Vila Maria, há uma ala reservada para pacientes com sintomas e outra para os demais. Para casos de baixa complexidade, os médicos conseguem dar vazão, mas quem chega com problemas respiratórios tem tido problemas. O hospital tem 20 leitos de UTI e 19 estão ocupados. Já foi atingida a capacidade operacional do hospital para atendimento dos pacientes, seja por médicos, enfermeiros, seja para limpeza.

O Hospital da Bela Vista também está perto de seu limite. Inaugurado há menos de um mês para reforçar o atendimento a pacientes com Covid-19, ele já está com 90% desses 29 leitos ocupados.

A Prefeitura disse que até o final do mês vai aumentar para quase 1.500 o número de leitos de UTI na cidade e que está negociando a locação de mais leitos com hospitais particulares. A Prefeitura já fechou acordo com 11 hospitais particulares.

Terceirizações no estado

O governo do estado convocou nesta terça-feira (12) "entidades privadas sem fins lucrativos para gerenciar a Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross). É o sistema que administra a entrada e transferência de pacientes em todas as unidades de saúde de São Paulo.

Procurado, o governo do estado disse que o chamamento público é um processo padrão, já que o contrato atual acaba no fim de julho.

Outra terceirização na saúde estadual foi motivo de protesto nesta terça-feira (12) na Zona Leste. Enfermeiros, auxiliares e médicos se reuniram contra a entrada de uma Organização de Saúde (OS) no comando do Hospital Geral de Guaianases.

De acordo com o governo estadual, responsável pelo hospital, a capacidade do setor de UTI está sendo ampliada e, para agilizar a ativação desses novos leitos, foi firmado um convênio com uma OS.

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