Brasil e Política

Por Valor — São Paulo


O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou inflação de 0,50% na primeira prévia de abril, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). No primeiro decêndio de março, este índice havia registrado taxa de 1,95%. Com este resultado, a taxa em 12 meses passou de 29,83% para 30,70%.

“Estabilidade nos preços de commodities agrícolas e minerais favoreceu a desaceleração do IPA. Nesta primeira prévia de abril todos os estágios de processamento do índice ao produtor registraram desaceleração, com destaque para Bens Intermediários (5,32% para 1,59%), cuja taxa recuou 3,73 pontos percentuais. A variação de Matérias-Primas Brutas (0,46% para -0,91%) registrou queda, movimento raramente observado nos últimos meses”, diz André Braz, coordenador dos Índices de Preços.

Com peso de 60%, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,36% no primeiro decêndio de abril. No mesmo período do mês de março, o índice subira 2,33%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram 0,70% em abril, após subir 1,62% em março.

A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de 13,16% para -1,54%. O índice correspondente aos Bens Intermediários passou de 5,32% no primeiro decêndio de março para 1,59% no primeiro decêndio de abril.

Este recuo foi influenciado pelo subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 4,16% para 0,96%.

A taxa do índice referente as Matérias-Primas Brutas passou de 0,46% no primeiro decêndio de março para -0,91% no primeiro decêndio de abril.

Contribuíram para o recuo da taxa do grupo os seguintes itens: minério de ferro (-0,45% para -6,10%), suínos (9,05% para -13,38%) e café em grão (6,37% para -0,71%). Em sentido oposto, vale citar milho em grão (0,81% para 5,16%), leite in natura (-5,45% para -1,09%) e cana-de-açúcar (3,61% para 6,31%).

Com peso de 30%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) passou de 0,79% no primeiro decêndio de março para 0,80% no primeiro decêndio de abril. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Habitação (0,11% para 0,57%).

Nessa classe de despesa, a FGV destaca o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de -0,31% para 0,68%.

Também foram computados acréscimos nas taxas de variação dos grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,20% para 0,63%), Comunicação (-0,17% para 0,06%) e Despesas Diversas (0,13% para 0,32%).

Essas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: artigos de higiene e cuidado pessoal (0,07% para 1,09%), mensalidade para internet (-0,70% para 0,00%) e serviços bancários (0,10% para 0,32%).

Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,15% para -0,63%), Vestuário (1,05% para -0,12%), Alimentação (0,16% para -0,02%) e Transportes (3,38% para 3,15%) registraram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos seguintes itens: passagem aérea (0,00% para -5,23%), roupas (0,57% para -0,16%), bares e lanchonetes (0,92% para -0,08%) e gasolina (10,00% para 8,96%).

Com os 10% restantes, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 1,04% no primeiro decêndio de abril, taxa inferior a apurada no mês anterior, quando o índice havia sido de 1,24%.

Os três componentes do INCC registraram as seguintes taxas da variação na passagem do primeiro decêndio de março para o primeiro decêndio de abril: Materiais e Equipamentos (2,57% para 2,36%), Serviços (0,67% para 0,65%) e Mão de Obra (0,28% para 0,02%).

Foram comparados os preços coletados de 21 a 31 de março com os de 21 de fevereiro a 20 de março.

(Conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor)

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