Como resultado de uma conversa com o Banco Central realizada ontem, o WhatsApp, aplicativo de mensagens do Facebook, divulgou um comunicado em que diz que está trabalhando em conjunto com os parceiros e as autoridades para restaurar seu serviço de pagamentos, o qual será conectado à plataforma de pagamentos instantâneos em desenvolvimento pelo regulador, o PIX.
Lançada em 15 de junho, a funcionalidade foi suspensa após pedidos do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) oito dias depois, sob a justificativa de eventual ameaça à competição do mercado. O WhatsApp tem 120 milhões de usuários, o que potencializa seu arranjo de pagamentos frente a competidores de menor porte como as fintechs.
“Estamos animados em permitir que os brasileiros enviem pagamentos seguros e sem dinheiro físico no WhatsApp o mais breve possível”, disse o comunicado assinado por Will Cathcart, chefe do WhatsApp, que destaca a importância de modalidades de pagamento à distância em meio aos desafios causados pela pandemia de Covid-19.
O comunicado ainda indica que o BC expressou a intenção de encontrar um caminho com a Visa e a Mastercard para que o serviço prossiga, envolvendo outras autoridades, caso necessário. O Valor noticiou que as bandeiras devem entregar respostas aos questionamentos do BC sobre o negócio nos próximos dias.
Na reunião, o WhatsApp ressaltou o compromisso de fornecer pagamentos no sistema do PIX “tão logo esteja disponível”. O BC, por sua vez, disse que respalda plataformas como o WhatsApp por permitir alternativas digitais a pessoas físicas e empresas de menor porte.
(Conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor)