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Por Valor — São Paulo


Trinta países liderados pela Costa Rica e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) lançaram nesta sexta-feira uma iniciativa para compartilhar medicamentos, ferramentas para diagnósticos, tratamentos e vacinas para combater a pandemia de covid-19.

O projeto, chamado de COVID-19 Technology Access Pool (C-TAP), envolve países como Brasil, Portugal, Noruega e Angola, e foi bem recebido por grupos como Médicos Sem Fronteiras. O esforço conjunto ocorre em meio a preocupações dos países ricos que investem bilhões para desenvolver uma vacina contra covid-19.

Mais de 100 empresas de diferentes países estão na corrida por uma vacina. França e Suíça, sede de farmacêuticas como Roche e Novartis, vêm levantando temores sobre o crescente "nacionalismo” em torno de uma vacina contra o coronavírus. Eles condenam posturas como a do governo dos Estados Unidos, de buscar ter prioridade à vacina, e argumentam que essa deve ser um bem público global.

A iniciativa C-TAP foi proposta pela primeira vez em março pelo presidente da Costa Rica, Carlos Alvarado, ao diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

 — Foto: Salvatore Di Nolfi/Keystone via AP
— Foto: Salvatore Di Nolfi/Keystone via AP

"O projeto garantirá os melhores e mais recentes benefícios científicos para toda a humanidade", disse Alvarado. “Vacinas, testes, diagnósticos, tratamentos e outras ferramentas importantes na resposta ao coronavírus devem ser disponibilizados universalmente como bens públicos globais.”

Ao apresentar o C-TAP, Alvarado acrescentou que serão disponibilizadas tecnologia para fabricação de ventiladores, assim como imunoglobina imune à covid-19, obtida a partir de plasma humano. O material, disponibilizado pela Universidade da Costa Risca, pode ser utilizado para tratar pacientes em estado crítico.

A ideia, afirmou Alvarado, é “minimizar a dependência” em relação a outros países. “Nosso objetivo é evitar a escassez de kits e implementá-los onde o acesso é mais difícil”, disse.

A embaixadora do Brasil nas Nações Unidas, Maria Nazareth Farani Azevedo, lembrou que “medicamentos acessíveis são chave para emergências médicas”. “No caso da covid-19, é a única maneira de que todos os lugares estejam a salvo. Estamos confiantes de que essa estratégia nos ajudará a enfrentar os desafios da covid-19”, afirmou Farani.

A participação brasileira é significativa na medida em que o país não só continua fora de outros movimentos para acesso a uma vacina como o número de mortos por causa da pandemia continua aumentando no país.

Ao aderir à iniciativa, o governo de Jair Bolsonaro mantém a posição brasileira sobre acesso a medicamentos, com forte interesse da Fiocruz e da indústria brasileira sobre pesquisa tecnológica.

Observadores argumentam que, com isso, o país terá novas oportunidades e opções para favorecer o compartilhamento e o acesso à tecnologia para combater o coronavírus.

O compartilhamento permite que um maior número de pessoas possa ser protegida. Em vez de uma empresa ficar com um monopólio, sem poder explorá-la na escala em que o mundo precisa, a tecnologia é colocada em um “pool" de patentes. Com isso, é possível ampliar a escala de produção e distribuição de certos medicamentos, fatores considerados essenciais para os países terem acesso mais equitativo.

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