Por André Pessôa e Rafael Quintão, GloboNews


Protesto contra operações violentas em favelas é feita em frente à sede do governo do RJ

Protesto contra operações violentas em favelas é feita em frente à sede do governo do RJ

Um protesto denominado "Vidas negras importam", convocado em redes sociais contra a violência policial, foi realizado neste domingo (31) em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual do Rio de Janeiro.

O ato foi encerrado pacificamente às 16h30 após a fala de um dos ativistas, determinando a dispersão. Com a chegada atrasada de manifestantes, a polícia reagiu com bombas de efeito moral e balas de borracha. Houve correria.

Uma pessoa foi detida. Imagens mostram um policial apontando um fuzil contra ele. Em nota, a PM informou que o militar "responderá administrativamente por ter ferido o protocolo interno ao apontar seu fuzil a um homem desarmado".

Manifestante é detido durante manifestação no Rio de Janeiro

Manifestante é detido durante manifestação no Rio de Janeiro

Policial aponta fuzil para manifestante no Rio de Janeiro

Policial aponta fuzil para manifestante no Rio de Janeiro

Confusão

A GloboNews relatou que, meia hora após o ato, manifestantes atrasados se concentraram novamente na Rua Pinheiro Machado e a PM fez uma linha de isolamento com os escudos.

A movimentação chamou a atenção dos ativistas, que se aglomeraram em volta dos policiais. A PM recuou e, a partir desse momento, usou balas e bombas para dispersar o movimento.

A PM alega que o jovem detido atirou pedras contra os policiais. Ele nega. A polícia informou ainda que ele teria um cigarro de maconha.

A abordagem dos policiais, como mostrou a GloboNews, teria sido feita com um fuzil -- e não com armas não letais -- porque foi feita por agentes que fechavam o trânsito.

Segundo a PM, "um grupo mais exaltado começou a arremessar pedras no Palácio Guanabara e nos policiais militares" e um manifestante chegou a entrar no palácio para danificar uma viatura.

A polícia não detalhou o motivo da detenção do manifestante.

Em meio à pandemia de coronavírus, os ativistas usam máscaras e outros equipamentos de proteção individual.

O ato pediu o fim de operações violentas em favelas e carregava a foto do menino João Pedro, morto aos 14 anos em casa, no Morro do Salgueiro, em São Gonçalo. A Polícia investiga o caso. Segundo familiares, o jovem foi morto por policiais.

O lema da manifestação no Brasil é o mesmo de uma série de protestos que ocorrem desde o dia 25 de maio nos Estados Unidos, após um homem negro ter sido morto numa abordagem policial que foi filmada.

Policial aponta fuzil para manifestante no Rio de Janeiro

Policial aponta fuzil para manifestante no Rio de Janeiro

Jovem é detido ao fim de protesto pacífico — Foto: Rafael Quintão/GloboNews

Policial arremessa bomba de efeito moral — Foto: Rafael Quintão/GloboNews

Manifestantes carregam faixa 'Vidas negras importam' — Foto: Rafael Quintão/GloboNews

Manifestantes realizam protesto em frente ao Palácio Guanabara — Foto: Rafael Quintão/GloboNews

Protesto em frente ao Palácio Guanabara, no Rio — Foto: Rafael Quintão/GloboNews

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