Por France Presse


Anthony Fauci, assessor da Casa Branca sobre a pandemia — Foto: Reuters

Os primeiros indícios sobre a variante ômicron do coronavírus são "um tanto encorajadores", disse o principal assessor do governo dos Estados Unidos sobre a pandemia, Anthony Fauci. Ele indicou, no entanto, que ainda faltam informações para chegar a uma conclusão.

"É muito cedo para fazer qualquer afirmação definitiva", disse Fauci à emissora americana CNN. "Até agora, não parece haver um grande grau de gravidade".

"Temos que ter cuidado antes de fazer qualquer determinação de que é menos grave ou realmente não causa nenhuma doença grave comparável à variante delta. Mas até agora, os sinais são um tanto encorajadores em relação à gravidade".

Testes de laboratório tentam analisam a ômicron, cepa do vírus com dezenas de mutações, para determinar se ela é mais transmissível do que outras variantes, se é mais resistente à imunidade de vacinas e infecções ou se gera sintomas mais graves. Os resultados são esperados nas próximas semanas.

"Há um risco real de que teremos uma diminuição na eficácia das vacinas", disse Stephen Hoge, presidente da fabricante de vacinas Moderna, ao canal ABC. Mas a magnitude dos efeitos ainda é desconhecida, disse ele.

"Resta saber se será como vimos com a variante delta, contra a qual as vacinas ainda eram eficazes recentemente, ou se veremos algo como uma redução de 50% na eficácia, o que significaria que precisamos reiniciar as vacinas".

A Moderna e outras empresas farmacêuticas, como a Pfizer, já começaram a trabalhar para adaptar suas vacinas à nova variante, se necessário. Pelo menos 15 estados dos Estados Unidos e cerca de 40 países confirmaram casos da variante ômicron.

Os Estados Unidos impuseram na semana passada restrições à entrada de pessoas da África do Sul e sete outros países vizinhos para conter infecções.

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!