Nos EUA, hospitais de Nova York estão perto do limite por causa do coronavírus
Segundo sites de monitoramento em tempo real, os Estados Unidos se tornaram o país com o maior número de casos de Covid-19, ultrapassando a China e a Itália, no fim da tarde desta quinta-feira (26).
A Organização Mundial da Saúde ainda não atualizou os dados oficiais.
O vírus se espalha rapidamente pela cidade apertada que corre contra o tempo.
Os hospitais da rica Nova York já não dão conta de tanta gente. De quarta-feira (25) pra quinta-feira (26), cem pessoas morreram.
O médico que trabalhou na madrugada testemunha: o sistema está sobrecarregado na cidade inteira.
O governador Andrew Cuomo anunciou nesta quinta-feira (26) a abertura de um novo hospital de campanha em cada uma das cinco regiões da cidade, além dos quatro que já estavam previstos e do navio militar com mil leitos que vai ancorar no porto em abril.
O governo também está negociando com hotéis para que cedam os quartos pra atender os doentes.
Mas tudo isso só vai virar realidade, no mínimo, daqui a uma semana.
Agora, 1.200 dos 1.800 leitos de UTI da cidade já estão ocupados. O governador disse que está tentando aprovar uma lei pra deixar que duas pessoas dividam o mesmo respirador e está transformando máquinas de anestesia em ventiladores.
No sul do país, a cidade de New Orleans também está despontando como um novo foco da pandemia. A cidade tem um carnaval famoso e os especialistas dizem que a festa pode ter agravado a situação.
Em todo o país, o número de casos já passa de 80 mil. São mais de 1.150 mortos.
Muitas pessoas que estão seguras, em casa, se mostram dispostas a se arriscar. Só na quarta-feira (25), 12 mil se voluntariaram pra trabalhar no cuidado aos doentes, em Nova York e 6 mil profissionais ofereceram ajuda psicológica de graça.
É muita gente pulando dentro do barco mesmo que o momento sugira um "salve-se quem puder".