• Mariana Fonseca
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Empreendedora (Foto: Jopwell/Pexels)

Empreendedores: mais de 100 comerciantes já estão cadastrados no Olist Shops (Foto: Jopwell/Pexels)

Diante da pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, os comércios enfrentam queda brutal no movimento e até fechamento decretado em algumas cidades brasileiras. Micro, pequenos e médios empreendedores nessa situação passam por problemas como falta de caixa e estoque parado.

A startup paranaense Olist lançou na semana passada o Olist Shops, uma vitrine virtual para que lojistas vendam seus produtos e serviços e liquidem seus estoques. Com sete dias de operação, o Olist Shops tem 110 comerciantes cadastrados.

Um segmento que tem se sobressaído é o de moda, segundo a startup. É o caso das lojas Mandacaru do Bras Modas, DHShoes e Lavanderia Real. Mas lista também empreendimentos de outros segmentos, como Flávia Salazar Doces Finos e Lamadre Corretora de Seguros.

Flávia Salazar vende bolos tradicionais e no pote, barras de chocolate artesanais, ovos de colher e outros produtos de confeitaria sob encomenda. Assim como outros negócios do ramo, investiu na produção e na divulgação para a Páscoa. Mas vê uma demanda incerta no momento, não sabendo se familiares irão se reunir.

"O que está me salvando de não ficar sem renda, e consequentemente sem ter como pagar minhas contas, é o delivery. Um cardápio online facilita a divulgação para os clientes, potencializando as oportunidades de vendas." O Grupo Lamadre teve de fechar temporariamente algumas lojas físicas e também vê o meio digital como forma de prospecção de clientes e renda financeira.

Os empreendedores cadastram seus itens em cerca de três minutos: colocam título, descrição, preço e fotos. Esses produtos e serviços ficam em um site com o nome da empresa, que o consumidor pode acessar por celular ou computador. No momento da compra, cliente e empreendedor falam diretamento pelo WhatsApp. O Olist está agora desenvolvendo um sistema de checkout para o Olist Shops, que pode substituir o mensageiro e dar uma cara mais profissional às lojas dos empreendedores.

O Olist Shops estava em desenvolvimento desde janeiro, como uma funcionalidade que permitiria cadastro mais rápido dos produtos e serviços pela Olist. Diante da pandemia causada pelo novo coronavírus, o Olist Shops foi de funcionalidade para plataforma separada.

Mudanças para lojistas do Olist
Não há cobrança para abrir uma loja nem de comissão sobre vendas no Olist Shops, diferentemente do visto no Olist tradicional.

Criado em 2015, o Olist conecta pequenos comerciantes a e-commerces como Amazon, Americanas e Mercado Livre sem contratos ou gerenciamento de várias plataformas. A startup paranaense coloca em um só painel atendimento ao cliente, pedidos, pagamentos, gestão de estoque, precificação e logística. Em troca, cobra uma taxa de instalação de R$ 450, uma mensalidade que vai de gratuita (faturamento de até R$ 3 mil) a R$ 79 (entre R$ 3 mil e R$ 25 mil) e uma comissão média de 20% sobre cada venda.

A startup anunciou medidas para os mais de 10 mil lojistas que usam o serviço pago. Não haverá taxa de adesão durante a quarentena e nem cobrança de mensalidade durante três meses. O Olist trabalha em reduzir comissões dependendo do setor e do tamanho do comércio. O foco dos descontos está neste momento em empreendimentos da saúde e nos microempreendedores.