'Uma pessoa muito batalhadora', diz sobrinho de doméstica que morreu de coronavírus no Rio
Neste domingo (22), subiu pra 25 o número de mortes no Brasil por Covid-19. Já são 1.546 casos confirmados da doença. Para os parentes, além da perda, fica um outro vazio: a impossibilidade de se despedir de quem morreu.
Cleonice, a tia do Lucas: 63 anos. Viveu trabalhando e morreu de coronavírus. Pode ter pego na casa da patroa, no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro. Cozinhava lá, como nos últimos vinte anos, quando a dona da casa voltou da Itália.
Semana passada, Dona Cleonice começou a se sentir mal. Tinha febre, dores no corpo. Na segunda-feira (16), resolveu voltar pra casa, em Miguel Pereira, a 125 quilômetros da capital. Chegou muito mal. Hipertensa e diabética, foi direto para o hospital municipal. Segundo o sobrinho Lucas, ninguém pensou em coronavírus. Só no dia seguinte. Três horas depois, Dona Cleonice morreu. A patroa dela está em quarentena. A confirmação da causa da morte saiu na quinta-feira (19).
A pandemia causou sua primeira vítima no Brasil justamente num dos hospitais que a rede separou para o atendimento específico da doença. O aposentado Manoel Messias Freitas Filho, 62 anos, procurou o hospital Sancta Maggiore, no sábado (14). Tinha tosse e dores no corpo. O caso se complicou rapidamente. Seu Manoel morreu na segunda (16) de manhã. Na terça (17), a causa foi confirmada.
Saiba todas as informações sobre as mortes por coronavírus no Brasil na reportagem no vídeo acima.
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