Por G1


As Filipinas confirmaram neste domingo (2) a primeira morte pelo novo coronavírus fora da China. A vítima é um chinês de 44 anos que estava em Manila, e é o segundo caso da doença confirmado no país.

Segundo o Departamento de Saúde das Filipinas, o homem morreu no sábado (1º), e estava internado em um hospital da capital filipina desde 25 de janeiro com quadro de pneumonia.

"Ele desenvolveu pneumonia grave. Nos últimos dias, estava estável e apresentava sinais de melhora. No entanto, a condição do paciente piorou nas últimas 24 horas, resultando em sua morte ”, disse o secretário de Saúde Francisco Duque

Segundo um representante da Organização Mundial da Saúde nas Filipinas, o vírus não foi adquirido dentro do país. De acordo com Rabi Abeyasinghe, o homem morava em Wuhan, na província chinesa de Hubei, onde começou a epidemia.

Governo da China confirma 304 mortes pelo novo coronavírus

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Wuhan, foi isolada pelas autoridades para tentar evitar novos contágios. Voos e viagens de trens estão suspensos.

Além da China e das Filipinas, mais de 20 países registraram casos da doença.

No Brasil, só suspeitas

Ministério da Saúde informa que são 16 casos suspeitos do novo coronavírus no Brasil

Ministério da Saúde informa que são 16 casos suspeitos do novo coronavírus no Brasil

Por aqui, o Ministério da Saúde informou neste sábado (1) que há 16 casos suspeitos. Nenhum foi confirmado. Os pacientes são de Ceará (1), São Paulo (8), Paraná (1), Santa Catarina (2) e Rio Grande do Sul (4).

Emergência de saúde pública

Na quinta (30), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que os casos do coronavírus são uma emergência de saúde pública de interesse internacional. Com isso, uma ação coordenada de combate à doença deverá ser traçada entre diferentes autoridades e governos.

"Devemos lembrar que são pessoas, não números. Mais importante do que a declaração de uma emergência de saúde pública são as recomendações do comitê para impedir a propagação do vírus", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Infecções mais rápidas

O novo vírus, chamado de 2019-nCoV, está se espalhando mais rápido, mas mata menos do que os da SARS, que causou um surto na China entre 2002 e 2003, e que o H1N1.

A Sars matou 916 pessoas e contaminou 8.422 durante toda a epidemia. A taxa de letalidade é de 10,87%. Isso representa quase 11 mortes a cada 100 doentes. Os dados são da Organização Mundial de Saúde (OMS).

As duas infecções são causadas por vírus da família "coronavírus" e recebem este nome porque têm um formato de coroa.

Quanto ao H1N1, apenas no Brasil 796 pessoas morreram no ano passado. Foram 3.430 infectados. Ou seja, a gripe matou 23,2% dos pacientes internados no Brasil com sintomas, ou 23 a cada 100 doentes.

Recomendações

Os especialistas recomendam a “etiqueta respiratória” para evitar a transmissão: cobrir a boca com a manga da roupa ou braço em caso de tosses e espirros e sempre lavar as mãos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda que os serviços de saúde adotem protocolos de prevenção antes, durante e depois da chegada do paciente, com desinfecção e ventilação de ambientes.

Para quem trabalha em pontos de entrada no país, como aeroportos e fronteiras, é recomendado o uso de máscaras cirúrgicas.

Caso haja algum caso suspeito em aviões, navios e outros meios de transporte, é recomendado usar máscara cirúrgica, avental, óculos de proteção e luvas. A inspeção de bagagens deve ser feita com máscara cirúrgica e luvas.

Ciclo do novo coronavírus - transmissão e sintomas — Foto: Aparecido Gonçalves/Arte G1

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