Política

Após repercussão negativa, governo exonera indicado do centrão para coordenação de Saúde Bucal

Especialista em eventos havia sido nomeado para a coordenação de Saúde Bucal no Ministério da Saúde
Fachada do Ministério da Saúde durante pandemia do novo coronavírus Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Fachada do Ministério da Saúde durante pandemia do novo coronavírus Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

RIO — Depois da pressão de entidades do setor, o centrão perdeu um dos espaços que conseguiu no Ministério da Saúde. Coordenador de Saúde Bucal, especialista em eventos e ex-secretário parlamentar do deputado federal Zé Vitor (PL-MG), Vivaldo Pinheiro Guimarães Júnior foi exonerado “a pedido”. A nomeação dele e a repercussão que gerou foram noticiadas pelo GLOBO.

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Era a primeira vez que o cargo não era ocupado por alguém ligado à Odontologia. Vivaldo consta como sócio de uma empresa de eventos em Araguari (MG), mesma terra de Zé Vitor, integrante do Centrão, de quem recebia salário de R$ 4.361,33 como secretário parlamentar.

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Existia preocupação das entidades do setor com a mudança de protocolos diante do tratamento da Covid-19, e com a interrupção de projetos como o Brasil Sorridente. A repercussão levou o ministério a receber queixas e pressão de associações do setor.

— Hoje, logo que recebi a notícia, parabenizei o ministro (interino) Pazuello. A Saúde Bucal tem que estar inserida nas políticas de Saúde. Não é politicagem de estado. É um cargo para alguém capacitado. Não pode estar vinculado a cabides da política — afirma Isabela Pordeus, presidente da Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica.

Procurados, Vivaldo e Zé Vitor não responderam.