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Por Ken Moritsugu e Dake Kang, Associated Press — Pequim

O maior mercado de alimentos de Pequim foi fechado pela polícia neste sábado (13), bem como o bairro onde está localizado entrou em lockdown, depois que mais de 50 pessoas testaram positivo para o novo coronavírus na região.

O novo surto, ocorrido mais de 50 dias após o último caso de covid-19 registrado na cidade de 20 milhões de pessoas, mostrou como o vírus ainda pode voltar, à medida que as restrições são atenuadas. A pronta resposta da cidade antes a nova contaminação refletiu a ênfase da China em agir rapidamente para conter a disseminação de novos casos onde quer que apareçam, uma lição aprendida ao combater o surto anteriormente.

"A epidemia já estava quase no fim e, de repente, há mais um ou dois novos pontos de infecção", disse Jin Zheng, uma mulher de 20 anos, que caminhava pelo centro de Pequim. "Estou com um pouco de medo. Espero que todos evitem sair e usem equipamentos de proteção.”

As autoridades fecharam, no total, 11 bairros próximos do mercado de Xinfadi, localizado a cerca de 3 quilômetros a sudeste do Templo do Céu, um dos principais pontos turísticos da capital chinesa. Policiais podiam ser vistos manobrando cercas brancas no local, para fechar uma via que leva a um conjunto de prédios de apartamentos.

Membros do Partido Comunista e voluntários estavam sendo mobilizados para comprar comida e outros produtos básicos para os moradores dos bairros afetados, disse o jornal “Beijing News” em uma mídia social. Não ficou claro quantas pessoas vivem nos 11 bairros que entraram em lockdown.

Fora do mercado, policiais paramilitares trajando uniforme verde erguiam barricadas. Algumas pessoas foram autorizadas a entrar depois de exibir documentos nos pontos de verificação. Uma faixa vermelha com a inscrição “Não podemos baixar a guarda, quando se trata de prevenção e controle de epidemias” estava pendurada em cima de um muro próximo.

As autoridades chinesas disseram que 45 trabalhadores do mercado testaram positivo para a covid-19, embora não apresentassem sintomas. Isso ocorreu além dos sete casos anteriores de pessoas com sintomas que haviam visitado ou trabalhado no mercado. A China não inclui casos assintomáticos em sua contagem oficial de casos.

Os inspetores coletaram 1.901 amostras de carne, superfícies, caixotes de lixo, cabos e outros objetos no mercado e 40 estavam contaminados, disseram as autoridades.

O “Beijing News”, citando o diretor do mercado de Xinfadi, disse que o vírus foi encontrado em uma tábua de cortar salmão importado. Isso levou várias grandes redes de supermercados a remover salmão de suas prateleiras, informou outro jornal, o “Beijing Youth Daily”.

A atenção foi focada no mercado, após a descoberta dos três primeiros casos na quinta-feira (11) e sexta (12). Duas das pessoas infectadas estavam no local e a terceira trabalhava com uma delas, em um instituto de pesquisa de carne nas proximidades, de acordo com relatos da mídia chinesa.

As autoridades de Pequim disseram que todos os trabalhadores do mercado seriam testados para o novo coronavírus. Eles também ordenaram o teste de amostras de alimentos de todos os mercados atacadistas de alimentos da cidade e inspeções de segurança alimentar em restaurantes e supermercados.

Reabertura suspensa

Pequim, que gradualmente voltava ao normal, reverteu alguns movimentos recentes de relaxamento das restrições por conta da pandemia.

Os planos para reabrir as escolas primárias nesta segunda-feira (15) foram suspensos e os eventos esportivos, cancelados, inclusive uma corrida prevista para este sábado (13), informou a agência de notícias Xinhua.

O Centro Nacional de Artes Cênicas, que havia acabado de reabrir em 2 de junho, voltou a fechar suas portas, de acordo com o chinês “The Paper”.

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