Por G1


Os governos do Japão e da Espanha anunciaram que darão auxílios aos cidadãos por conta das perdas com a pandemia da Covid-19. No país asiático, a renda será paga a todos os cidadãos, mas não há confirmação se esse pagamento será único ou irá se estender. Já na Espanha, a expectativa é de que uma renda mensal seja paga aos mais pobres.

Japão

O governo do Japão pagará US$ 900 a cada um de seus cidadãos para compensar as perdas econômicas causadas pela pandemia de coronavírus. A decisão foi tomada na noite de quinta-feira (16) à noite pelo primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, depois de consultar os partidos da coalizão do governo, disse o ministro-porta-voz do gabinete, Yoshihide Suga.

 O valor exato a ser entregue será de 100.000 ienes (854 euros/US$ 929). Suga não especificou se os 100.000 ienes serão dados a cada japonês, independentemente de sua renda ou idade, e se, além de uma primeira parcela, o governo planeja continuar com esses desembolsos se a pandemia de coronavírus continuar.

Em princípio, o governo japonês havia estudado atribuir três vezes esse valor a cada agregado familiar que perdeu renda devido ao impacto da pandemia, mas Abe optou por distribuir os 100.000 ienes a cada pessoa.

Como em muitos países, a economia do Japão foi abalada pelo Covid-19, com um forte efeito em setores como turismo e varejo, devido às restrições impostas à imigração e ao estado de alerta de saúde no país. Isso forçou muitas empresas a fechar suas portas, enquanto fábricas como a indústria automotiva estão parando produção devido à queda global na demanda por veículos.

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A decisão ocorre um dia depois que o governo estendeu o estado de emergência sanitária em todo o país para impedir a propagação da pandemia. A medida excepcional foi aprovada na semana passada para Tóquio e mais seis prefeituras, mas agora foi estendida a todas as 47 prefeituras. O Japão registra cerca de 10.000 casos de coronavírus, com 203 mortes, de acordo com o último balanço oficial. Em Tóquio, cerca de 2.600 pessoas foram infectadas, com 56 mortes.

Espanha

Na Espanha, o governo planeja pagar uma renda mensal básica para cerca de um milhão das famílias mais pobres do país para ajudá-las a enfrentar o impacto do novo coronavírus, disse o ministro da Previdência Social, José Luis Escrivá, nesta sexta-feira (18).

Aqueles que receberem a renda básica, a ser aprovada pelo gabinete em maio, terão incentivos para encontrar trabalho, como a permissão para combinar a quantia mensal com os salários de um novo emprego durante certo período, disse Escrivá à estação de rádio COPE.

"Sem incentivos para encontrar um emprego, há uma tentação de esgotar o salário e não olhar para o mercado de trabalho", disse ele.

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Ainda não foi decidido quanto será pago por mês e Escrivá se recusou a dizer quanto custaria ao governo, embora tenha afirmado que a medida seria financiada com nova dívida pública. Ele acrescentou que até um quinto das famílias espanholas têm uma renda inferior a 246 euros por mês.

O Partido Socialista e seu parceiro de extrema-esquerda, Unidas Podemos, concordaram em janeiro em criar a renda básica como parte de seu programa de quatro anos, embora a crise da Covid-19 tenha mudado as prioridades. Escrivá disse que levaria semanas para que a burocracia do governo começasse a pagar o novo benefício.

A economia espanhola perdeu 900 mil empregos durante as duas primeiras semanas de uma quarentena imposta em 14 de março para limitar a disseminação do novo coronavírus, elevando novamente o número oficial de desempregados ao patamar de três anos atrás.

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