Por RFI


Imagem de arquivo mostra passageiros que aguardam nos quiosques de check-in na reabertura do aeroporto no terminal Orly 3 — Foto: Eric Piermont / AFP

O governo francês anunciou nesta sexta-feira (10) a implementação de testes a base de saliva em seus aeroportos. A medida, que tem como objetivo evitar uma segunda onda de contaminação pelo coronavírus, visa principalmente os viajantes vindos de países considerados de risco.

O anúncio foi feito pelo ministro francês da Saúde, Olivier Véran, em entrevista aos canais de rádio e televisão BFMTV e RCM. Ele não deu a data exata da implementação da medida, mas explicou que os testes já estão sendo avaliados e adquiridos.

O ministro avisou que “todos os viajantes vindos de países de risco poderão ser submetidos ao teste dentro de alguns dias”. No entanto, ele disse que o dispositivo não será obrigatório. “Não podemos forçar alguém a ser testado”, frisou.

Véran não deu a lista das nacionalidades visadas, mas lembrou que, atualmente, o governo francês classifica os países em duas categorias: “os que são ‘verdes’, onde o vírus não circula mais do que na França, e para os quais não há razões para controles específicos, e os países que têm fronteiras fechadas, em 'zona vermelha'”.

Brasil e Estados Unidos são considerados zonas de risco em razão da evolução atual da pandemia, o que leva a crer que voos vindos desses dois países podem ser prioritários na aplicação dos testes nos aeroportos franceses. “Estou trabalhando junto com o ministro dos Transportes, Jean-Baptiste Djebbari, para calcular o número de pessoas que serão atingidas pelo dispositivo”, disse Véran.

Os testes vão ser acrescentados no protocolo sanitário em vigor nos aeroportos franceses, que já contam com os controles de temperatura dos passageiros. A Academia Francesa de medicina havia preconizado, no início do mês, o uso dos testes a base de saliva, em complemento aos testes PCR (baseados em coleta de material nas narinas).

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Mais testes na população

Os anúncios do ministro da Saúde fazem parte da estratégia da França para evitar uma nova fase de contaminação no país, onde a epidemia já é considerada “sob controle”. Véran, aliás, se mostrou confiante e disse que “a França está pronta para impedir uma segunda onda” e que “nos últimos três meses, o vírus vem regredindo a cada semana”.

Na quarta-feira, o governo francês também anunciou uma campanha de testes em massa. O protocolo, aplicado de forma voluntária, visa principalmente as regiões que registraram um aumento recente no número de casos de Covid-19.

Atualmente, 350 mil pessoas são testadas semanalmente na França, mas o ministro espera aumentar esse ritmo. “Somos capazes de ir além”, insistiu Véran, anunciando que um milhão e meio de mensagens foram enviadas pelo sistema de seguridade social convocando a população a fazer o teste.

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