Os Estados do Sul e Sudeste concentraram dois terços dos R$ 8,2 bilhões emprestados por meio do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) até o dia 10 de junho, segundo documento enviado pelo Ministério da Economia à comissão do Congresso de acompanhamento das medidas para mitigar os efeitos da covid-19.
De acordo com o governo, o valor médio desses primeiros empréstimos foi de R$ 48,3 mil para as 68,9 mil microempresas (que receberam 40,4% dos recursos) e de R$ 118,7 mil para 41,3 mil pequenas empresas.
São Paulo foi o que recebeu o maior volume: 23% dos recursos do programa foram para micro e pequenas empresas com sede no Estado, o mais populoso e com maior produto interno bruto (PIB) do país. Apesar disso, a concentração foi menor se comparada a outro programa governamental, a linha de crédito para pagamento de salários, que destinou 38% dos R$ 4,5 bilhões emprestados para empresas com sede em municípios paulistas.
As micro e pequenas empresas de Minas Gerais receberam 12,1% dos recursos do Pronampe, seguidas pelas do Paraná (8,4%), Rio Grande do Sul (7,9%), Santa Catarina (7,2%) e Rio de Janeiro (6,6%). Já as empresas dos Estados do Nordeste ficaram com 17% dos empréstimos, as do Centro-Oeste (e Distrito Federal) receberam 10% e as do Norte 5,3%.
Segundo o documento, enviado ao Congresso na segunda-feira e divulgado nesta terça-feira, os dados são referentes ao Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco da Amazônia (Basa). O Itaú, que emprestou R$ 2 bilhões por meio do programa, não foi incluído por problemas no envio dos dados. A linha total do Pronampe tem R$ 15,9 bilhões.
(Com conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, o serviço de notícias em tempo real do Valor)