Por Interplan Assistência Funeral


Os transtornos de ansiedade compartilham características de medo e ansiedade excessivos e perturbações comportamentais relacionadas. — Foto: Katemangostar – Freepik

Ficar ansioso para uma entrevista de emprego, para uma viagem de férias, planejar a progressão da carreira ou o futuro ao lado de um parceiro são exemplos de situações normais na rotina de qualquer pessoa. Mas, para algumas, isso vem em uma intensidade tão forte que se transforma em problema: o transtorno de ansiedade. Quando não há mais tempo para o hoje e o amanhã passa a ser encarado com uma preocupação desmedida.

Conforme explica o psiquiatra Rodrigo Demattei, parceiro da Interplan Assistência Funeral Familiar, os transtornos de ansiedade compartilham características de medo e ansiedade excessivos e perturbações comportamentais relacionadas. “O medo seria a resposta emocional para a ameaça iminente real ou percebida e a ansiedade é a antecipação de ameaça futura”, define.

Estudo de 2016 cita o estado constante de alerta das mulheres e os múltiplos papéis delas como aspectos que aumentam a pressão sobre o sexo feminino. — Foto: David Garrison _ Pexels

A situação é ainda mais significativa para as mulheres, que têm duas vezes mais probabilidade do que os homens de desenvolver o problema, sendo o pico na meia-idade (30-50 anos) e o declínio nos últimos anos de vida, revela o psiquiatra.

A Universidade de Cambridge endossa que entre as mulheres a ansiedade não depende de fatores como classe social, etnia ou localização geográfica, está mesmo na questão no gênero. O estudo de 2016 cita o estado constante de alerta das mulheres e os múltiplos papéis que elas exercem – maternidade, trabalho, relacionamentos – como aspectos que aumentam a pressão sobre o sexo feminino.

No Brasil, a Organização Mundial da Saúde (OMS), em seu último relatório de 2017, aponta que a estimativa é de 9,3% da população com algum tipo de transtorno de ansiedade, a maior taxa no mundo. Segundo Rodrigo, “é difícil atribuir um fator isolado para a causa, mas podem pesar no caso brasileiro a situação econômica do país, os níveis de pobreza, a desigualdade, o desemprego, a recessão, além do estilo de vida e dos aspectos biológicos”, esclarece.

O diagnóstico precoce dos sintomas aliado a uma mudança no estilo de vida ajuda a lidar melhor com o problema. — Foto: Jcomp – Freepik

O dia a dia de quem convive com a doença é marcado por sintomas que vão além da preocupação excessiva, mas englobam fadiga, sensação de nervos à flor da pele, irritabilidade, perturbação do sono, tensão muscular e sintomas físicos, como taquicardia, sufocamento, falta de ar, etc. Tudo isso tem impacto na qualidade de vida nos contextos sociais, econômicos, interpessoais, laborais e individuais.

O diagnóstico precoce dos sintomas aliado a uma mudança no estilo de vida ajuda a lidar melhor com o problema. Já o tratamento, segundo Rodrigo, é medicamentoso e psicológico com supervisão clínica por, no mínimo, um ano. Também cabe ressaltar que o transtorno de ansiedade pode se tornar crônico, enfatizando ainda mais a importância de buscar tratamento.

Ansiedade: preocupação excessiva com o futuro pode se tornar uma doença — Foto: Divulgação

Jornalista: Renata Rodrigues | MTB: 44.393

Psiquiatra: Rodrigo Demattei | CRM: 145714/SP

Interplan Assistência Funeral

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!