Em reunião extraordinária realizada hoje, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) autorizou a colaboração entre empresas concorrentes para estratégias de combate aos efeitos da pandemia do novo coronavírus.
A decisão trata de uma petição específica, encaminhada por empresas cujos nomes ainda são mantidos em sigilo. Não vale, portanto, para toda e qualquer parceria que venha a ser feita por concorrentes.
Com alguma controvérsia quanto ao alcance desse aval, o plenário do órgão antitruste aprovou por unanimidade a medida, que valerá mediante garantias das empresas envolvidas, como não compartilhamento de dados de clientes e definição de um período específico para a ação conjunta, entre outras.
As empresas envolvidas também terão que prestar contas da colaboração após o encerramento da parceria. Também está prevista a possibilidade de revisão da decisão a qualquer tempo.
O presidente do Cade, Alexandre Barreto, disse que deveriam ser evitados termos como “cartel do bem” ou “cartel de crise”. “Trata-se de uma atuação coordenada e colaborativa”, afirmou ele, ao ressaltar que se trata de uma autorização para colaboração.
(Esta reportagem foi publicada originalmente no Valor PRO, serviço de informações e notícias em tempo real do Valor Econômico)