Suspensa por causa da pandemia, festa junina ajuda empreendedoras
As festas juninas viraram sinônimo de lucro para algumas empreendedoras do Alto Tietê. Com a suspensão dos eventos tão característicos da cultura brasileira, muitas confeiteiras têm levado os pratos típicos para a casa dos clientes.
Tatiane Costa é empreendedora e mora em Suzano. Como segunda renda, este ano a auxiliar contábil começou a fazer doces e bolos. E foi do medo da pandemia atrapalhar os negócios que nasceu uma nova ideia. “Num primeiro momento, eu até suspendi as encomendas e fiquei bem assustada. Mas alguns clientes me pediram e fui fazendo aos poucos. E me surpreendeu muito. No início da pandemia, eu só tinha um mês e meio de Magrelinha Doces só que aumento muito as minhas vendas. O meu engajamento nas páginas do Instagram, tem surpreendido muito a procura.”
Ela criou o xote de alegria que é um caixote com decoração típica que leva de 10 a 18 doces juninos. Quem quer gastar menos pode optar pela sacolinha personalizada. A escolha é do cliente. As encomendas já movimentam as redes sociais. E até julho, novos pratos devem reforçar essa lista. “Vou acrescentar itens salgados, como caldos e cuscuz no pote recheado com carne seca, linguiça calabresa e vinagrete”, planeja Tatiane.
Doces juninos são enviados em caixas para clientes de Mogi das Cruzes — Foto: Reprodução/ TV Diário
Se este ano o arraiá da família Rodrigues não pode ser feito por causa da pandemia, isso não significa que as delícias "caipiras" também precisam ficar fora. Para manter a tradição e reforçar a renda, a festa foi parar dentro da caixa para quem está em casa nessa quarentena. “Familiares pedindo porque não ia poder vir em casa. Aí resolvemos fazer para eles a princípio. Aí como os clientes também gostam e pensamos em vender”, afirma a confeiteira Gisele Cristina de Faria.
Ela e o namorado fazem a entrega por Mogi das Cruzes. Já a missão de manter a tradição da festa junina é da confeiteira e da mãe. Há mais de seis anos as duas trabalham com delivery de doces e bolos.
Neste junho e julho, o cardápio deve ser regado de muito cuscuz, arroz doce, afogado, hot dog e vinho quente. No total são, pelo menos, 12 comidas típicas para esquentar, adoçar e ajudar a matar a saudade de uma das festas mais brasileiras. “A gente tem dois kits que é o de duas pessoas ou de quatro que tem as mesmas coisas, só que aumenta. E tem opções para quem não gosta de um produto, a gente troca.”