Coronavírus

Por G1


Telas de smartphones e objetos feitos de algodão e madeira devem ser limpos com maior frequência durante a pandemia do novo coronavírus, na comparação com superfícies feitas de vidro e aço, que podem fazer uma evaporação mais rápida das gotículas que contém o vírus Sars-Cov-2.

Essas conclusões são resultado de uma pesquisa norte-americana que analisou o tempo de secagem das gotículas respiratórias de indivíduos com Covid-19 em várias superfícies.

O objetivo dos cientistas foi buscar respostas para a seguinte pergunta: por quanto tempo o Sars-Cov-2, vírus causador da doença, permanece vivo depois que alguém infectado com ela tosse, espirra ou mesmo fala? Os autores consideram que, quando as gotículas evaporam, o vírus residual morre rapidamente.

Tela de celular é uma das superfícies que mantém o vírus ativo e precisa ser limpa — Foto: Thiago Lavado/G1

O artigo foi publicado no periódico "Physics of Fluids". Os cientistas usaram um modelo matemático para analisar gotículas da largura de um fio de cabelo humano que se encontravam em superfícies com bastante contato humano, como maçaneta de portas e telas de celular com touchscreen.

Altas temperaturas, por exemplo, ajudam a secar as gotículas mais rápido e reduzem a chance de sobrevivência do vírus. Ambientes com maior umidade mantêm o vírus ativo por mais tempo. Quanto maior a demora de secagem, maior possibilidade de transmissão da doença.

"Isso pode explicar o crescimento lento ou rápido da infecção numa cidade em particular. Pode não ser o único fator, mas definitivamente, o clima ao ar livre é importante na taxa de crescimento da infecção", disse Rajneesh Bhardwaj, um dos autores.

Os pesquisadores determinaram o tempo de secagem das gotículas em diferentes condições climáticas externas e encontraram correlação com os dados de crescimento da pandemia em cidades como Nova York, Chicago, Los Angeles, Miami, além de Sydney, na Austrália, e Singapura.

Saiba quanto tempo o novo coronavírus dura em cada superfície

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