Por Vivian Reis, G1 SP


Pessoas são vistas usando máscaras em frente a bar fechado no Centro de São Paulo (SP), na sexta-feira (3) — Foto: Rogério Galasse/Estadão Conteúdo

A cidade de São Paulo reabre com restrições nesta segunda-feira (6) os bares, restaurantes e salões de beleza, após 104 dias fechados para atendimento aos clientes por conta da quarentena. A capital foi classificada na fase amarela do plano estadual de flexibilização gradual da economia, que autoriza a reabertura destes setores.

O prefeito Bruno Covas (PSDB) assinou neste sábado (4) os protocolos que definem as regras para a ampliação da reabertura. Atividades que já estavam liberadas na fase laranja como shoppings também tiveram autorização para ampliar o horário de funcionamento.

Após três meses com salões fechados, bares e restaurantes reabrem

Após três meses com salões fechados, bares e restaurantes reabrem

Clientes fazem distanciamento social durante reabertura de bares e restaurantes em SP — Foto: Marcelo Brandt/G1

Regras para bares e restaurantes

O decreto publicado pela Prefeitura de São Paulo estabelece que os bares e restaurantes podem funcionar por 6 horas diárias. Para a prefeitura, esses estabelecimentos poderiam funcionar até as 22h, porém o decreto do estado, que prevalece sobre o municipal, estabelece o limite de horário até 17h.

As praças de alimentação de shoppings são exceção, e a prefeitura conseguiu vincular seu horário ao dos shoppings, que estão autorizados a funcionar das 6h às 12h ou das 16h às 22h.

Bares e restaurantes começam a atender presencialmente com público limitado e distanciamento — Foto: Marcelo Brandt/G1

Veja abaixo as principais determinações do protocolo:

  • Ocupação máxima de 40% da capacidade do estabelecimento
  • Distância de 2 metros entre as mesas e de 1,5 metro entre as pessoas
  • Máximo de 6 pessoas por mesa
  • Proibição de consumo nas calçadas
  • Atendimento deve ser feito apenas para clientes sentados
  • Uso obrigatório de máscaras por clientes e funcionários no estabelecimento. (Apenas quando estiver sentado em sua mesa, o cliente poderá deixar de utilizar a máscara)
  • Proibição de aglomerações
  • Disponibilizar álcool gel para higienização das mãos
  • Barreiras de acrílico devem ser instaladas nos caixas e balcões de alimentos
  • Temperos e condimentos devem ser fornecidos em sachês
  • Cardápios deverão ser disponibilizados digitalmente ou em quadros na parede
  • Funcionários devem usar máscaras, viseiras de acrílico e luvas
  • Pratos, copos e talheres devem ser higienizados
  • Guardanapos de tecido estão proibidos
  • Ambiente deve ser submetido a um intenso processo de limpeza
  • Funcionários que apresentarem sintomas de síndrome gripal devem ser testados
  • Apoio a colaboradores com dependentes no período em que creches e escolas estiverem fechadas

Funcionária de restaurante em SP usa máscara e protetor facial na reabertura para o público — Foto: Marcelo Brandt/G1

Bares e restaurantes se preparam para a reabertura na segunda-feira (06)

Bares e restaurantes se preparam para a reabertura na segunda-feira (06)

Regras para salões de beleza

No protocolo publicado neste sábado (4) pela Prefeitura de São Paulo também constam as regras para o funcionamento dos salões de beleza. Veja as principais:

  • Ocupação máxima de 40% da capacidade
  • Uso de máscara obrigatório para funcionários e clientes
  • Distanciamento de 1,5 metro entre as pessoas
  • Atendimentos devem ser agendados, evitando fila de espera
  • Atendimento deve ser individual e com capacidade reduzida
  • Margem de tempo entre atendimentos para que ambiente e equipamentos sejam higienizados
  • Cliente nunca deve ser atendido por mais de um profissional simultaneamente
  • Destinar horário exclusivo para clientes acima de 60 anos ou com comorbidades
  • Cliente deve passar por triagem para avaliar se apresenta sintomas
  • Medir a temperatura de funcionários
  • Atendimentos a domicílio são permitidos, desde que os protocolos de higiene sejam seguidos

Salões de beleza reabrem com restrições de funcionamento nesta segunda em SP — Foto: Marcelo Brandt/G1

Como fica o comércio

A capital paulista começou o Plano São Paulo diretamente na fase 2- laranja, que significa a possibilidade de abertura econômica de alguns setores, com restrições.

Com isso, o comércio de rua e os shoppings foram reabertos no dia 10 de junho, com horário de funcionamento de 4 horas diárias. Agora, na fase 3- amarela, as lojas podem funcionar por 6 horas diárias.

Academias e setor cultural: falta regulamentar

Na sexta-feira (3), o governo paulista também autorizou a reabertura de teatros, cinemas, salas de espetáculo, realização de eventos culturais e academias de ginástica para regiões que estejam na fase amarela do plano de flexibilização gradual da quarentena no estado.

No entanto, a reabertura do setor cultural só poderá ocorrer se a região apresentar estabilidade de 4 semanas na fase amarela. Se a capital paulista se mantiver nesta fase, a previsão é a de que reabertura ocorra no dia 27 de julho.

Já as academias têm autorização estadual para reabrir a partir de segunda-feira, mas a volta do funcionamento depende de assinatura de protocolos pelas prefeituras e ainda não há previsão de data para que isso ocorra na capital.

Academias das cidades que estão na fase amarela poderão reabrir na segunda-feira (6)

Academias das cidades que estão na fase amarela poderão reabrir na segunda-feira (6)

Plano São Paulo

A quarentena que visa conter o avanço do novo coronavírus começou no dia 24 de março, quando o governo do estado determinou que continuassem abertos somente setores considerados essenciais: saúde, transporte, segurança, limpeza pública, indústrias, bancos e telemarketing.

Em 1º de junho, o governo iniciou o chamado Plano São Paulo para a reabertura gradual das atividades econômicas em fases. O estado foi dividido de acordo com as 17 Divisões Regionais de Saúde (DRS) e a Grande São Paulo foi subdividida em outras 6 microrregiões. A flexibilização da quarentena é feita de modo diferente de acordo com a classificação das regiões por cores.

Os cinco critérios de saúde que baseiam a classificação são: ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs); total de leitos por 100 mil habitantes; variação de novas internações, em comparação com a semana anterior; variação de novos casos confirmados, em comparação com a semana anterior; variação de novos óbitos confirmados, em comparação com a semana anterior.

Os critérios definem em qual das cinco fases de permissão de reabertura a região se encontra:

  • Fase 1 - Vermelha: Alerta máximo
  • Fase 2 - Laranja: Controle
  • Fase 3 - Amarela: Flexibilização
  • Fase 4 - Verde: Abertura parcial
  • Fase 5 - Azul: Normal controlado

Na sexta-feira (3) a cidade de São Paulo e 14 municípios da Grande São Paulo se mantiveram na fase amarela. Já a região de Campinas foi rebaixada para a fase vermelha, mais restrita, devido à piora nos indicadores de saúde.

Divisão das regiões do Estado no Plano São Paulo na 5ª fase de atualização — Foto: Divulgação/Governo de SP

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