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Crivella antecipa atividades da fase três; comércio, salões e barbearia de rua voltam neste sábado

Estabelecimentos terão que seguir novas regras. A retomada de atividades em academias, bares e restaurantes segue o cronograma original: reabertura prevista a partir do dia 2
Crivella anunciou antecipação de retomada de algumas atividades Foto: Luiz Ernesto Magalhães
Crivella anunciou antecipação de retomada de algumas atividades Foto: Luiz Ernesto Magalhães

RIO - O prefeito Marcelo Crivella anunciou, no fim da tarde desta sexta-feira, que parte das atividades que seriam retomadas na terceira etapa do plano de retomada, no dia 2, serão antecipadas para este sábado. Sendo assim, comércio de rua, salões, barberias e serviços de manicure vão poder abrir das 11 às 17 horas.

— As lojas podem atender com um terço da capacidade, disponibilizar álcool em gel. Não será permitida sala de espera e servir alimentos e bebidas nas lojas. Vamos fiscalizar quanto ao cumprimento da regra de ouro — disse Flávio Graça, diretor da Vigilância Sanitária.

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Os salões e cabelereiros de rua podem abrir a partir deste sábado com 1/3 da capacidade, com proibição de venda de bebidas ou petiscos. Manicure também está liberado. Outras atividades que salões fazem como tatuagens continuam proibidas.

Segundo Flávio Graça, o horário foi estabelecido para uma melhor distribuição das atividades sem gerar tanto impacto na circulação de pessoas. Por isso, essas atividades abrirão e fecharão uma hora mais cedo que os shoppings, que continuam autorizados a abrir entre meio-dia e 18 horas, regra adotada desde a retomada da atividade, no dia 11 deste mês.

Crivella anunciou que a liberação do comércio de rua está liberado também nos calçadões. Com isso, os bloqueios às áreas comerciais ainda em vigor na Zona Oeste (Bangu e Campo Grande) será o suspensos neste sábado.

Salões de beleza de rua:

  • Funcionamento das 11h às 17h
  • Podem reabrir com 1/3 da capacidade
  • Serviço de manicure está liberado
  • Serviços devem ser agendados; a sala de espera fica proibida
  • Serviço ou a venda de bebidas e petiscos está proibido
  • Serviços de tatuagem e micropigmentação estão proibidos

Comércio de rua:

  • Poderá funcionar das 11h às 17h
  • Lojas só poderão atender 1/3 da capacidade
  • Calçadões estão liberados
  • Estabelecimentos terão que disponibilizar álcool em gel

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Ao justificar a decisão de antecipar a abertura do comércio, o prefeito disse:

— Ontem tivemos 164 sepultamento, 36 a menos que no mesmo dia em 2019. Isso mostra  que as curvas estão caindo. Além disso, nossos leitos de UTI e de enfermaria estão com muito mais vagas. Domingo agora chega mais um voo da China com 190 respiradores e 150 monitores entre outros equipamentos para os nossos hospitais. Por isso temos condições de anunciar mais uma etapa dessa reabertura — avalia o prefeito

Academias, bares e restaurantes reabrem no dia 2

A retomada de atividades em academias, bares e restaurantes vai seguir dentro do cronograma original. A partir do dia 2, os estabelecimentos reabrem seguindo novas regras.

As academias não terão limite de horários, mas deverão atender os alunos mediante horários pré-agendados, já que haverá limitação de lotação para evitar aglomerações. Alguns equipamentos de mais difícil higienização, como os que usam cordas, não poderão ser utilizados.

Os bares e restaurantes terão que obedecer algumas regras. Que valem também para quiosques. Eles só poderão funcionar com 50% da capacidade. Self service também está proibido. Um funcionário terá que pegar a comida nos bufês e entregar aos clientes, tanto nas ruas quanto para os shoppings

Também haverá limite de horário para bares e restaurantes, que só poderão funcionar ate as 23 horas. Música ao vivo está proibida.

Comércio comemora medida

Em nota, a Fecomércio RJ, que representante o comércio de bens, serviços e turismo do Estado, afirmou que "tem papel estratégico" na decisão da prefeitura.

“O comércio de rua representa a maior parte do comércio formal na capital carioca, gera milhares de empregos, renda e contribui de forma substancial na arrecadação de impostos para os cofres municipais. Diante dos riscos ao fôlego financeiro dos negócios, em especial às micro e pequenas empresas, e ao ameaçador crescimento do desemprego, trabalhamos exaustivamente para a abertura das lojas de rua. O retorno das operações do comércio, com certeza impactará positivamente no fortalecimento de toda a cadeia produtiva de comércio e serviços em nossa cidade”, afirma Antonio Florencio de Queiroz Junior, presidente da Fecomércio RJ.

O presidente do Clube de Diretores Lojistas e do SindiLojas, Aldo Gonçalves, disse que, depois de cerca de 100 dias fechados, essa é uma boa notícia para os comerciantes de rua. Ele acrescentou que por dia deixaram de faturar R$ 300 milhões.

—  O setor está preparado para atender dando segurança aos usuários e empregados. É difícil estimar quantos já abrirão neste sábado. Só estranho que o prefeito tenha deixado para anunciar isso no fim da tarde de uma sexta-feira.