Por G1 AM


Unidade foi aberta às pressas durante pandemia por conta da situação crítica do Amazonas diante da Covid-19. — Foto: Divulgação/Semcom

Com o número de pacientes zerado, o hospital de campanha de Manaus encerrou as atividades, oficialmente, nesta terça-feira (23), após 71 dias de funcionamento. A unidade, aberta às pressas por conta do colapso na rede de saúde causada pela pandemia, resultou na recuperação de 611 pacientes, que, segundo a Prefeitura, representa 81% de êxito no tratamento no espaço.

No dia 15 desse mês, quando ainda atendia 46 pacientes, a Prefeitura de Manaus anunciou o encerramento das atividades por conta da redução nos números da Covid-19 na capital, que já infectou mais de 65 mil pessoas no Amazonas, até esta terça-feira. Agora, a estrutura é preparada para voltar a ser um complexo estudantil.

Desde o começo de junho, o Governo do Amazonas tem flexibilizado as medidas de isolamento social com a reabertura gradual do comércio na capital. Em Manaus, que teve caixões enterrados empilhados e em valas comuns diante do colapso no sistema de saúde, o número de enterros já apresenta redução e a média caiu para próximo ao que era registrado antes da pandemia. Porém, pesquisadores ainda consideram um novo surto da doença.

O hospital de campanha foi implantado em apenas quatro dias nas dependências de um Centro Integrado Municipal de Educação (Cime) e foi inaugurado no dia 13 de abril, durante o pico de casos do novo coronavírus em Manaus. De lá para cá, 757 pacientes deram entrada no espaço, registrando 611 altas médicas e 146 óbitos.

Além dos pacientes da capital, o hospital de campanha também atendeu pessoas oriundas do interior do Estado, como Itacoatiara, Manacapuru, Parintins, Nova Olinda do Norte e Iranduba. Além disso, durante suas atividades, destinou alas exclusivas para pacientes indígenas. Ao todo, 29 de diferentes etnias receberam tratamento no hospital e saíram curados.

“Salvamos vidas no hospital e vamos continuar salvando vidas nessa escola que funcionará como casa do saber e do entendimento. Agradeço aos parceiros que me ajudaram a montar e dirigir esse espaço, que salvou muitas vidas, tanto da capital quanto do interior”, disse o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto.

Com o encerramento das atividades, começam agora os trabalhos de readaptação do espaço, que voltará ao projeto inicial de uma escola, que deve atender mais de 1,4 mil alunos da educação infantil e do ensino fundamental. Em alusão ao legado do hospital de campanha, o complexo escolar também ganhará um memorial em homenagem aos profissionais que atuaram no espaço.

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