• Paulo Gratão
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Alberto May Filho, dono da Albert's (Foto: Divulgação)

Alberto May Filho, dono da Albert's (Foto: Divulgação)

Cozinhar sempre foi uma das atividades favoritas de Alberto May Filho, principalmente quando envolvia carnes e churrasco. O empreendedor sempre sonhou em ter um negócio no ramo e nunca teve medo de arriscar. Tanto que transformou uma churrasqueira de latão de eventos em uma rede de hambúrguerias. A Albert's hoje tem 11 unidades próprias e franqueadas em Joinville e em diversas cidades no norte de Santa Catarina e faturou R$ 4,5 milhões em 2019.

May começou a trajetória profissional no setor de cobranças de um supermercado em Joinville (SC), onde mora, mas já sabia que queria ser dono do próprio negócio. Assim, quando saiu, abriu um pub irlandês, com um sócio.

Alguns anos depois, percebeu que aquele negócio não o satisfazia por completo e que queria mesmo trabalhar com comida. “Quando vendemos o pub, íamos usar o valor para abrir uma loja, mas não seria o suficiente para o padrão que precisávamos. Por isso, começamos a fazer eventos.”

Alberto May Filho participa da Feira do Príncipe, em Joinville, em 2014 (Foto: Divulgação)

Alberto May Filho participa da Feira do Príncipe, em Joinville, em 2014 (Foto: Divulgação)

Assim, May e a esposa, Thonia Carla Cadorin, compraram uma churrasqueira de latão e começaram a vender hambúrguer gourmet em feiras gastronômicas da região, em 2013. Primeiro, tinham uma barraca. Depois, com o tempo, compraram um food truck.

Com a nova estrutura, conseguiram participar de eventos maiores, como o Festival de Dança de Joinville e a Festa das Flores. May conta que eles nunca saíam dos eventos com sobra de estoque.

Em 2014, simultaneamente ao food truck, resolveram investir cerca de R$ 80 mil para abrir uma loja de rua, no bairro Atiradores. “Em um período, precisei até alugar o nosso apartamento e ir morar na casa em que fizemos o restaurante”, conta o empreendedor.

Três anos depois, a hambúrgueria Albert’s começou a expansão por meio de franquias – o nome do estabelecimento é uma homenagem ao pai do fundador, que também se chama Alberto. “Meu lazer, meu maior hobby sempre foi cozinhar. Só transformei isso na minha profissão. Quando estou feliz, cozinho. Quando estou estressado, também.”

Alberto May Filho e a esposa Thonia Codin inauguram a Albert's (Foto: Divulgação)

Alberto May Filho e a esposa Thonia Codin inauguram a Albert's (Foto: Divulgação)

Rodízio de hambúrgeres e refil de batatas ajudam na pandemia

Foi em um momento de estresse que surgiu uma das últimas ideias do empreendedor. Para diminuir as perdas ocasionadas pela pandemia do novo coronavírus, May desenvolveu um combo de 24 mini-hambúrgueres, com 42 gramas de carne cada um, que funcionam como uma espécie de rodízio.

A estratégia ajudou a aumentar as vendas no delivery em 50% e chegou a recuperar 38% do faturamento que a marca tinha antes. “As pessoas começaram a pedir para compartilhar em casa. O combo aumentou o nosso tíquete médio, foi um tiro bem certeiro. Acreditamos que, logo após a pandemia, esse possa ser um produto com saída boa em eventos corporativos ou aniversários, por exemplo.”

Além do rodízio, ele criou um balde personalizado de batatas fritas que comporta quase um quilo da iguaria. A ideia é que o consumidor pague uma vez pelo balde e depois apenas pelo refil, como acontece com as pipocas em cinemas. 

Unidade da Albert's em praça de alimentação (Foto: Divulgação)

Unidade da Albert's em praça de alimentação (Foto: Divulgação)

Durante a pandemia, o empreendedor ainda conseguiu fortalecer o aplicativo próprio. De acordo com ele, a plataforma não concorre com os outros players de entrega, mas permite ter uma visão mais detalhada sobre o perfil de consumo de seus clientes. "Hoje ele já nos traz 17% das vendas", diz.

Expansão nacional

A ideia de May é levar a Albert's para todo o país. Neste ano, a marca recebeu um investimento (de valor não revelado) da aceleradora de franquias 300 Franchising. Depois disso, já foram vendidas sete unidades fora de Santa Catarina e a meta é chegar a 30 unidades até o final do ano, com um faturamento total de R$ 9 milhões. 

Para isso, ele apostou em três modelos de expansão: Express (investimento total de até R$ 50 mil), Contêiner (até R$ 110 mil) e Standard (até R$ 135 mil). Os valores incluem taxa de franquia, maquinário, treinamento, estoque inicial, capital de giro e estimativa de aluguel.

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