Rio

Ciclovia no Leblon vai se chamar Alfredo Sirkis

Ex-deputado morreu na sexta-feira, em um acidente de carro no Arco Metropolitano
O ex-deputado Alfredo Sirkis Foto: Divulgação
O ex-deputado Alfredo Sirkis Foto: Divulgação

RIO - Uma ciclovia no Leblon receberá o nome do jornalista e ex-deputado Alfredo Sirkis, que morreu nesta sexta-feira em um acidente automobilístico nesta sexta-feira no Arco Metropolitano, na Baixada Fluminense. A homenagem foi publicada no Diário Oficial do Município desta segunda-feira.

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- Nós fizemos uma homenagem a Alfredo Sirkis. Foi uma ligação que eu recebi do Cesar Maia, na sexta-feira à noite, falando sobre a biografia dele e os trabalhos prestados à cidade. E aí veio essa ideia de fazer uma homenagem a ele na ciclovia, com que ele sonhou tanto. Ele imaginava que o Rio de Janeiro tinha que ter um outro modal, que não queimasse tanto combustível, que não jogasse tanto dióxido de carbono na atmosfera. Tenho certeza de que ele lá do céu vai ficar feliz em saber que essa ciclovia do Leblon, do Jardim de Alah até a Niemeyer, vai ter o nome dele - explica o prefeito Marcelo Crivella.

A via foi inaugurada em 1991 e tem 1,3 km de extensão. Vai do canal do Jardim de Alah ao canal da Avenida Visconde de Albuquerque.

Sirkis estava a caminho do sítio da família, em Morro Azul, em Vassouras. Ele foi um dos fundadores do Partido Verde no Brasil, em 1986, e um dos pioneiros na militância ambiental no país.

O acidente ocorreu no início da tarde,  próximo ao quilômetro 74. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, Sirkis estava sozinho no veículo, um Volkswagem Polo, e seguia em direção à Via Dutra. O carro saiu da pista, colidiu com um poste e capotou. A Polícia Civil fez uma perícia no local para determinar as causas do acidente, que será investigado pela 58ª DP (Posse).

Ex-deputado Alfredo Sirkis morre em acidente de carro, em Nova Iguaçu (RJ) Foto: Reprodução
Ex-deputado Alfredo Sirkis morre em acidente de carro, em Nova Iguaçu (RJ) Foto: Reprodução

Filho único, Sirkis viajava para visitar a mãe, Lila, de 96 anos, em isolamento social por causa da pandemia. Segundo amigos, ele costumava fazer o trajeto com frequência. Além disso, ele também iria rever o filho Guilherme, que terminou o mestrado recentemente nos Estados Unidos e está com a avó. O ex-deputado também deixa uma filha, que mora nos EUA.

O jornalista lançou este mês o livro “Descarbonário”, quase quatro décadas depois do lançamento de “Os carbonários”, livro sobre sua militância estudantil e na luta armada durante a ditadura militar, que lhe rendeu um prêmio Jabuti em 1981.