Por G1 SP — São Paulo


O Instituto Central do Hospital das Clínicas de São Paulo, maior complexo paulistano de combate ao coronavírus na capital paulista. — Foto: Divulgação/Governo de SP

O Hospital das Clinicas de São Paulo (HCFMUSP), no centro da capital paulista, destinou um ambulatório para acompanhar possíveis casos de reinfecção pelo novo coronavírus.

De acordo com o HC, até a manhã desta segunda-feira (17), quatro pacientes tinham procurado a unidade com suspeita de nova contaminação. O espaço começou a funcionar exclusivamente para atender tais pacientes no final de julho.

Os casos seguem em investigação pela equipe médica. Ainda segundo o hospital, dentre as possibilidades para explicar os sintomas e testes positivos em dois períodos diferentes, estão:

  • Paciente contaminado com outra virose por um vírus diferente, que causaria confusão porque haveria ainda fragmentos inativos do vírus que causa Covid-19 (SARS- CoV-2) que permaneceram no corpo do paciente;
  • Longa permanência do vírus no corpo, com período de inatividade;
  • Reinfecção, hipótese ainda pouco provável por não ter sido constatada em nenhum outro caso registrado pela literatura médica internacional

Para verificar as hipóteses, os pacientes serão testados para outros vírus que possam explicar o surgimento dos sintomas pela segunda vez, além de outros procedimentos.

Durante coletiva de imprensa do governo estadual, no início da tarde desta segunda-feira (17), o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, disse que o objetivo do espaço é "para saber se houve uma recorrência de infecção, se existe algum vírus em curso que não o Covid-19, para que, dessa maneira, a gente consiga entender mais algumas realidades que não foram refletidas ou informadas em outros países."

Pesquisa da USP

No início de agosto, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) anunciaram a investigação do caso da técnica de enfermagem de Ribeirão Preto (SP) que testou positivo duas vezes para o coronavírus no intervalo de 50 dias.

De acordo com a universidade, objetivo é compreender o que tornou possível a reinfecção no organismo da paciente, que não tem doenças crônicas, com esperança de que o estudo do caso dela possa ajudar até mesmo a produzir vacinas eficazes contra o coronavírus.

Em Araraquara, o Serviço Especial de Saúde (Sesa) da Universidade de São Paulo (USP), reanalisa duas amostras coletadas do funcionário do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que morreu com suspeita de reinfecção da Covid-19.

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