O marco legal do saneamento básico, a provado pelo Senado no fim de junho, proporciona um investimento potencial de R$ 23 bilhões para a universalização do serviço no Estado do Rio de Janeiro. A estimativa consta do “Panorama do Saneamento no Estado do Rio de Janeiro”, divulgado nesta quinta-feira pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
De acordo com a Firjan, além de melhorar a qualidade de vida da população, esse investimento poderá gerar mais R$ 29 bilhões para a economia fluminense, criar 325 mil empregos e economizar R$ 98 bilhões em custos de saúde.
“A gestão eficiente do saneamento também é essencial para o desenvolvimento econômico e tem enorme potencial de acelerar o movimento de retomada pós-pandemia”, disse em nota o presidente da federação, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira.
A Firjan destaca que o investimento apontado para o saneamento básico no Estado tem como referência a meta estabelecida pelo Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) até 2033. Não foi considerada a aplicação de recursos em 22 municípios que não disponibilizaram informações ao Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).
De acordo com o estudo da Firjan, são necessários investimentos de R$ 19 bilhões para garantir a meta de coleta e tratamento de esgoto no Estado. Hoje, segundo o SNIS, a coleta atinge 67% da população e 31 municípios oferecem o serviço para menos de 50% dos moradores. São tratados 34% do esgoto e 54 cidades tratam menos de 50%.
A meta de abastecimento de água no Rio de Janeiro, por sua vez, depende de R$ 4 bilhões, afirma a federação. Atualmente, o serviço atinge 90% da população do Estado e nove cidades têm cobertura para menos de 50% dos moradores.