Por France Presse


Protesto contra a abertura das escolas na cidade de Nova York, em 1 de setembro de 2020 — Foto: Carlo Allegri/Reuters

A cidade de Nova York, a única grande metrópole dos Estados Unidos que planeja uma volta presencial às aulas, adiará a data de retorno para 21 de setembro para implementar medidas adicionais contra o coronavírus exigidas pelos professores, que ameaçaram entrar em greve.

O reinício aconteceria, inicialmente, a partir dia 10 de setembro. O plano é uma combinação de aulas presenciais e online.

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O prefeito Bill de Blasio afirmou que as aulas presenciais acontecerão duas ou três vezes por semana, a partir do dia 21 de setembro.

O plano prevê protocolos para uso de máscaras, distanciamento social, melhora na ventilação das salas, menor número de alunos por turma, um enfermeiro em cada escola, exigência de exames negativos para o vírus para os funcionários e, se a taxa de contágio do vírus ultrapassar 3% (atualmente é de 0,9%), as aulas serão suspensas.

Como parte do acordo com os professores, a cidade implementará um sistema nas escolas para testar de 10% a 20% dos alunos e funcionários a cada mês.

O sindicato UFT, que reúne a maioria dos 75 mil professores da cidade, ameaçou fazer greve se a prefeitura não implementasse mais medidas de segurança nas mais de 1.700 escolas da cidade.

"A cidade de Nova York agora tem as políticas e proteções mais rigorosas que qualquer outra cidade dos Estados Unidos" para reduzir o contágio nas escolas, disse Michael Mulgrew, presidente do sindicato do UFT.

Educação presencial

"Uma das coisas que afirmamos nessas discussões (com o sindicato) é que nada substitui a educação presencial", disse De Blasio.

Muitos pais temem o contágio, e mais de 365 mil crianças e jovens (37% do total) optaram por ter apenas aulas online, segundo dados do governo municipal.

O retorno às aulas presencial virou um tema da discussão política do país desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu a reabertura total de todas as escolas do país.

Estados governados por republicanos, como Mississippi, Geórgia, Tennessee ou Indiana, seguiram a orientação em agosto. Novos surtos foram registrados devido aos altos níveis de contágio e alguns estabelecimentos tiveram que ficar em quarentena ou fechar.

Outras grandes cidades como Chicago, Houston, Los Angeles, Filadélfia e Miami optaram por não se arriscar e ofertaram apenas cursos virtuais.

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