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Homicídios caem no Estado do Rio ao menor patamar desde 1991, mas mortes pela polícia têm o pior primeiro trimestre da História

Roubos também tiveram redução no período, enquanto estelionatos e extorsões subiram
Operação da Polícia Civil em São Gonçalo, em fevereiro deste ano Foto: Reprodução
Operação da Polícia Civil em São Gonçalo, em fevereiro deste ano Foto: Reprodução

RIO - Os índices de criminalidade no Estado do Rio divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) nesta quinta-feira, dia 29, apontaram dois caminhos opostos em relação aos homicídios. Enquanto os registros de homicídio doloso ficaram, entre janeiro e março, no menor patamar desde 1991, início da série histórica, as mortes em confronto com a polícia tiveram seu pior primeiro trimestre desde 1998, quando o indicador começou a ser registrado.

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Nos primeiros três meses deste ano, foram 920 vítimas de homicídio no estado, uma queda de 13% em relação ao mesmo período de 2020. Março, isoladamente, também apresentou o menor número de vítimas para o mês desde 1991: 313 casos, redução de 16% na comparação com março do ano passado.

Já as mortes em confronto com a polícia subiram 4% no primeiro trimestre, em relação aos três meses de 2020. Foram 453 mortos este ano em ações policiais, contra 435 no ano passado.

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Queda também nos roubos

Os chamados crimes contra o patrimônio também tiveram queda no primeiro trimestre do ano. Roubos de veículo, de carga e de rua (índice que agrega os roubos a pedestre, de celular e em ônibus). O total de roubos — que comporta outras modalidades do crime, como por exemplo roubo a residência e de estabelecimento comercial — também teve uma redução de 22% no trimestre, na comparação com o mesmo período de 2020. O total de furtos também teve redução no primeiro trimestre, passando de 39.150 registros no ano passado para 27.872 este ano, baixa de 29%.

Dois crimes apresentaram altas expressivas no primeiro trimestre deste ano: estelionato e extorsão. O primeiro subiu 27% no período, passando de 10.583 registros nos primeiros três meses de 2020 para 13.397 no mesmo período deste ano. Já as ocorrências de extorsão passaram de 300 entre janeiro e março de 2020 para 372 este ano, um crescimento de 24%.