Prefeitura e governo dizem que vacinação de profissionais de educação e segurança continua apesar de decisão do STF

Prefeitura do Rio afirma que a decisão do ministro Lewandowski não interfere na vacinação do município. Governo do estado diz que ainda não foi notificado da decisão.

Por Rogério Coutinho, RJ2


Hoje teve filas e confusão pra tomar a vacina da pfizer que começou a ser aplicada no Rio

Após decisão do ministro do STF Ricardo Lewandowski, que suspendeu a vacinação de profissionais de segurança e de educação no Estado do Rio, o governo do estado e a Prefeitura do Rio afirmam que a vacinação desses grupos não será afetada.

Segundo a prefeitura, a decisão do ministro diz respeito ao decreto estadual e não interfere na campanha de vacinação no município. A capital irá continuar vacinando conforme o planejado os profissionais da educação e guardas municipais.

Já o governo do estado afirma que ainda não foi notificado da decisão e que a vacinação dos profissionais de segurança irá continuar.

A ação acatada pelo ministro do STF foi movida pela Defensoria Pública do Estado do Rio. A decisão de Lewandowski suspendeu nesta segunda (3) a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) que autorizou o governo do estado a mudar a ordem de vacinação de grupos prioritários.

Na decisão, o ministro afirma que “o decreto autoriza os Municípios fluminenses a vacinarem, sem qualquer distinção, TODOS os profissionais de segurança, salvamento e forças armadas assim como profissionais da educação antes da imunização integral do grupo prioritário dos idosos, pessoas com comorbidades, deficiência, população em situação de rua e privados de liberdade. Ou seja, autoriza os municípios fluminenses a descumprir e burlar o ordenamento dos grupos prioritários para a vacinação contra a COVID-19 preconizado no PNI.”

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) afirmou que os policias militares, bombeiros e policiais civis, que recebem a vacina nos locais de trabalho, também continuarão sendo vacinados.

Após a publicação do decreto no Estado do Rio, houve mudança nas regras do Plano Nacional Imunização (PNI), incluindo profissionais de segurança no grupo prioritário.

A SES afirmou que as doses já vem, inclusive, separadas pelo governo federal e são apenas repassadas para as Forças de Segurança para não deixar dúvidas.

A defensoria pública entende que a medida devia valer para os municípios e afirmou que irá notificar as prefeituras nesta quarta (5).

Segunda dose de CoronaVac suspensa no Rio

Segunda dose está suspensa no Rio até sexta-feira, 7 de maio

Na capital, a segunda dose de CoronaVac está suspensa até sexta-feira (7) e deve ser retomada no sábado (8) para idosos com 66 anos.

Nesta quarta (5), serão vacinadas pessoas com 54 anos com comorbidade ou dos grupos profissionais prioritários - mulheres das 8h às 13h e homens das 13h às 17h.

Filas e falta de segunda dose em Caxias e São Gonçalo

Caxias e São Gonçalo tiveram filas nos postos de vacinação contra a Covid.

Moradores de Caxias estão à espera da segunda dose da CoronaVac. A cidade não tem doses disponíveis. Nesta terça (4), a fila da vacina se repetiu e dobrava o quarteirão em um posto da cidade.

A vacinação desta terça foi para profissionais de educação que trabalham em Caxias e pessoas com comorbidade com 50 anos ou mais. Eles tomaram a primeira dose da Astrazeneca.

Em São Gonçalo, uma multidão amanheceu na porta do posto de saúde em Alcântara.

Funcionários avisaram que não havia a segunda dose da CoronaVac às 7h. Nesta terça, no município, foram aplicadas a primeira e segunda doses apenas com Astrazeneca. A vacinação com a CoronaVac foi suspensa por falta de doses.