Por G1 Rio


Foto de arquivo (sem data definida) do vice-governador Cláudio Castro — Foto: MAGA JR/O FOTOGRÁFICO/ESTADÃO CONTEÚDO

Com o afastamento mantido do governador Wilson Witzel (PSC-RJ), nesta quarta-feira (2), o vice Cláudio Castro segue no principal cargo do governo estadual, que assumiu na última sexta (28).

Inicialmente, Castro fica no cargo pelos próximos seis meses, prazo dado pelo Superior Tribunal de Justiça para o afastamento de Witzel, até a conclusão das investigações de desvios na Saúde do estado. O governador eleito, no entanto, ainda passa por um processo de impeachment, que pode o deixar definitivamente fora do Palácio Guanabara.

Castro também foi alvo de investigação na Operação Tris in Idem, mas não há determinação de afastá-lo de suas funções. Houve apenas mandados de busca e apreensão na residência oficial.

Atuação até aqui

Desde que assumiu, ainda na sexta-feira, Castro já se reuniu com secretários e anunciou algumas medidas. Veja um resumo da atuação até esta quarta-feira (2):

Conheça Cláudio Castro

Também alvo de investigações, vice Cláudio Castro, do PSC, assume o governo do Rio

Também alvo de investigações, vice Cláudio Castro, do PSC, assume o governo do Rio

Cláudio Bonfim de Castro e Silva, de 41 anos, nasceu em Santos e se formou em Direito, mas fez carreira na canção gospel (veja mais abaixo).

Filiado ao PSC, é o segundo vice-governador mais novo da história do RJ --- ficando atrás apenas de Roberto Silveira eleito com 32 anos de idade, nos anos 1950.

Castro começou na política em 2004 como chefe de gabinete do então vereador Márcio Pacheco (PSC), denunciado pelo Ministério Público do Rio por integrar um suposto esquema de rachadinhas na Alerj. A defesa de Márcio Pacheco foi procurada pela TV Globo, mas não retornou.

Em 2016, com 10 mil votos, foi eleito vereador. Cumpria seu segundo ano de mandato quando foi convidado a concorrer na chapa de Wilson Witzel, indicado pelo Pastor Everaldo, presidente do PSC preso nesta sexta.

No governo, esteve à frente do Detran e do Departamento de Estradas de Rodagem.

Vice-governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro — Foto: Raísa Pires/ G1

Suspeitas

De acordo com a delação do ex-secretário Edmar Santos, o vice-governador se beneficiava de um esquema no qual, segundo o Ministério Público Federal, a Alerj repassava as sobras de seu orçamento para a cota única do tesouro estadual.

Desta conta única, os valores “doados” eram depositados na conta específica do Fundo Estadual de Saúde, de onde era repassado para fundos municipais de saúde dos lugares indicados pelos deputados, que por sua vez recebiam de volta parte dos valores. Segundo Edmar, Castro fazia a articulação entre deputados e prefeitos e o governador.

Claudio Castro também é citado em investigações de fraudes na Fundação leão XIII, ligada ao gabinete do vice-governador.

Carreira na música gospel

Castro foi indicado duas vezes ao prêmio de melhor cantor católico do Brasil, nos anos de 2012 e 2016, tendo ficado entre os cinco primeiros do país.

Antes, cantou por 15 anos no grupo Em Nome do Pai. Em 2011, lançou o primeiro CD solo, com o mesmo nome da antiga banda. Em 2015 saiu o álbum "Dia de celebração".

Cláudio Castro, vice-governador do Rio, no clipe de 'Abençoa Senhor a tua igreja' — Foto: Divulgação

Mais VÍDEOS sobre a operação Tris in Idem:

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!