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Coligações pelo país

Pré-candidata do PT tem vice do PSL em cidade do interior de São Paulo, e aliança viraliza nas redes

Sirlene, pré-candidata a prefeita de Itapirapuã Paulista, ao lado do pré-candidato a vice, Agulnaldo Cruz, do PSL

Marlen Couto

Uma aliança eleitoral inusitada entre PT e PSL, os dois partidos que se enfrentaram no segundo turno das eleições presidenciais de 2018, viralizou no WhatsApp e nas redes sociais. Em Itapirapuã Paulista (SP), Sirlene Almeida Camargo, que é do PT, foi escolhida como candidata a prefeita da legenda em uma chapa com um vice do PSL, o policial Aguinaldo Domingues da Cruz, no pleito de novembro.

A coligação, que conta ainda com DEM, MDB, PDT e PTB, consta na ata da convenção municipal do PT enviada à Justiça Eleitoral, divulgada no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Sirlene foi eleita vice-prefeita nas eleições de 2016, quando o atual prefeito da cidade, João Batista (PT), foi reeleito. Na última disputa municipal, DEM e PSL, que hoje formam aliança com Sirlene, eram da chapa de oposição a João Batista e à então candidata a vice.

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Em uma publicação no Facebook após a convenção que sacramentou a união, Sirlene destacou que ao lado do "amigo e parceiro", o vice Aguinaldo Cruz, agregou forças, "o que fortaleceu ainda mais a renovação para o nosso município", escreveu.

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A aliança enfrenta resistência interna. Uma resolução do PSL de São Paulo, divulgada em janeiro, proíbe que o partido faça coligação com o PT, PSOL e PCdoB no estado. O PSL de São Paulo enviou nesta segunda-feira um comunicado interno à representação da sigla em Itapirapuã Paulista no qual pede que a resolução seja cumprida. Procurado, o PT não se manifestou sobre a coligação.

A aliança entre PT e PSL nas eleições municipais não fica restrita ao caso de Itapirapuã Paulista. Um levantamento do G1 mostrou coligações em Belford Roxo (RJ), Francisco Morato (SP), Ilha Solteira (SP), Palmeira dos Índios (AL), São Cristóvão (SE) e Trindande (PE). Em nenhuma dessas cidades, no entanto, haverá candidato a prefeito e vice com as duas legendas simultaneamente, como no caso da cidade paulista.

A divulgação das coligações reacendeu a disputa interna entre a ala do PSL ligada a Luciano Bivar e a dos aliados de Bolsonaro. No Twitter, ao compartilhar uma imagem com o título da reportagem do G1, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, do PSL, ironizou nesta segunda-feira o deputado federal Junior Bozzella, que preside o diretório paulista do PSL. "Parabéns @bozzellajr, presidente do PSL em SP, e seus apoiadores (ironia)", escreveu. 

Em reposta a Eduardo Bolsonaro, Bozzella afirmou que, em Fracisco Morato, caso citado pelo filho do presidente Jair Bolsonaro, a coligação é com o Republicamos, partido de Flávio e Carlos Bolsonaro, e que posteriormente o partido aliado inseriu o PT na chapa. "Como você se encontra suspenso de suas atividades partidárias e talvez não sabia, segue a resolução do partido que veda coligações com o PT (não com o Republicanos)", publicou.

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