A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) projeta uma queda de 5% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano. O dado consta do relatório sobre o Brasil divulgado nesta quarta-feira. A taxa é ligeiramente pior do que os 4,5% projetados pelo governo. Para 2021, a taxa de crescimento esperada é de 2,6%, ante 3,2% do governo. A estimativa para 2022 é de crescimento de 2,2%, ante 2,5% nas contas do governo.
Segundo a entidade, a necessidade de reativar a economia, que mergulhou numa recessão profunda em função da pandemia, torna mais urgente enfrentar os desafios políticos subjacentes a impulsionar a atividade e, em razão disso, será necessário melhorar políticas econômicas de forma duradoura.
No documento, a OCDE estima que as contas públicas vão encerrar 2020 com um déficit primário de 10,7% do PIB, passando para um déficit de 2,8% do PIB em 2021 e um déficit de 2,3% do PIB em 2022. O resultado fiscal está estimado em déficit de 15,6% do PIB neste ano, passando para déficit de 7,2% do PIB em 2021 e déficit de 6,3% do PIB em 2022.
As projeções para a dívida pública são de 91,4% do PIB neste calendário, 94,3% do PIB em 2021 e 96,6% do PIB um ano depois..
O déficit em conta corrente está estimado em 0,3%, 0,5% e 0,9% do PIB em 2020, 2021 e 2022, respectivamente. As taxas de desemprego estão projetadas em 13,6%, 16% e 15%, na mesma ordem.
As taxas médias de inflação são estimadas em 3,1%, 3,6% e 3,2% em 2020, 2021 e 2022, enquanto as taxas de dezembro estão em 3,8%, 2,9% e 3,4%.
As projeções para o consumo do governo estão em queda de 4,8%, alta de 0,5% e estagnação (0), enquanto o consumo privado é estimado em baixa de 6,2%, elevação de 2,7% e aumento de 2,2%. A formação bruta de capital fixo deverá ter recuo de 5,1% neste ano, mas alta de 4,4% e 5,6% em 2021 e 2022.