• Fernando Barbosa
Atualizado em
Fintech Blu (Foto: Divulgação)

Bruno Giannini, Rafael Sobral e Luis Marinho são sócios na Blu (da esq. à dir) (Foto: Divulgação)

A Blu, fintech carioca que trabalha com gestão e antecipação de recebíveis de cartões para o varejo de pequeno porte, anunciou uma rodada de investimento Série B no valor de R$ 300 milhões. O aporte foi liderado pela gestora americana Warburg Pincus, fundo de private equity com mais de US$ 64 bilhões sob gestão. A Warburg Pincus se junta à Hindiana Gestão e Participações, e aos fundadores da Blu, Bruno Giannini e Luis Marinho, que mantêm o controle da empresa.

A transação envolve a entrada de recursos em caixa e uma saída de capital parcial da G2D, no valor de R$ 54 milhões, que ainda preserva outros R$ 156 milhões investidos na Blu. A G2D é controlada pela GP Investimentos. A fintech não divulgou a sua avaliação de mercado após a nova rodada.

Fundada em 2013 por Giannini e Marinho, a Blu tem foco em reduzir os custos dos lojistas e alongar o prazo de pagamento de fornecedores, de um lado, enquanto diminui o risco de inadimplência para a indústria, de outro. Até 2018, a empresa não contava com investidores institucionais.

Atualmente, a plataforma da fintech possui mais de 15 mil lojistas clientes e 2,5 mil fornecedores parceiros, especialmente nos segmentos de móveis, eletrodomésticos, colchões, ótica, vestuário e calçados. Em meio à pandemia, a startup registrou um TPV (Volume Total de Pagamentos) de R$ 3,5 bilhões em 2020, crescimento de 71% na comparação com o ano anterior. O volume de transações entre a indústria e o varejo na plataforma triplicou no mesmo período.

De acordo com a Blu, o montante será utilizado na criação de novos produtos, como soluções de crédito para varejistas. A companhia prevê que parte dos recursos será destinada aos seus colaboradores e na expansão dos times internos, com atenção especial à área de produtos e tecnologia.

Agora, a empresa espera pegar carona na Resolução 3.952, que foi aprovada pelo Banco Central e passou a vigorar em junho. Com a regra, os lojistas podem utilizar a receita que têm a receber para a tomada de empréstimos ou vendê-las no mercado.

“Usaremos o capital para acelerar a expansão em novas verticais, melhorar nossos produtos para atender inclusive grandes redes e franquias, lançar novas soluções como crédito, e aproveitar a janela de oportunidade criada pelo contexto regulatório da nova regra de registro de recebíveis do BACEN (Banco Central)”, afirma em comunicado o CFO da Blu, Rafael Sobral.

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