Por Fernanda Rouvenat, BDRJ


Pesquisa conclui que aumentou a proporção de pessoas que tem ou tiveram a Covid-19 no Rio

Pesquisa conclui que aumentou a proporção de pessoas que tem ou tiveram a Covid-19 no Rio

Uma pesquisa da Universidade Federal de Pelotas concluiu que, em duas semanas, aumentou de 2,2% para 7,5% a proporção de pessoas que têm ou já tiveram a Covid-19 no município do Rio. Ao todo, mais de 500 mil pessoas já foram infectadas pelo novo coronavírus na cidade.

O estudo é um dos maiores do mundo sobre a Covid-19 e já está na segunda fase. Os pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas visitaram casas em 133 cidades das cinco regiões do Brasil.

Em todo o país, foram realizados mais de 31 mil testes e entrevistas em quatro dias, de 4 a 7 de junho. As duas fases dos testes foram feitas em um intervalo de duas semanas com pessoas escolhidas por sorteio.

A pesquisa revelou que, nesse período, a proporção da população brasileira que tem ou já teve Covid-19 aumentou 53%, uma velocidade de crescimento inédita no mundo. O Rio está entre as capitais que apresentaram grande aceleração da doença.

“Nessa segunda fase da pesquisa, de cada sete pessoas que têm anticorpos, só uma acaba tendo a doença de forma que chegue a notificar para o serviço de saúde. Então, se a gente quer ter uma ideia do número total de pessoas infectadas, a gente pega o número oficial e multiplica por 6, aí a gente vai ter uma boa estimativa de quantos brasileiros têm anticorpos para o novo coronavírus”, explicou o coordenador da pesquisa, Pedro Curi Hallal.

As amostras da segunda fase da pesquisa representam 68 milhões de pessoas. Nesse universo, 1,9 milhão já foram infectadas. A velocidade do contágio, segundo o coordenador da pesquisa, pode ser explicada pelo baixo índice de isolamento social.

“O resultado é muito preocupante pela velocidade de expansão da epidemia no Brasil. A única explicação plausível que se tem é a baixa adesão ao distanciamento social”, enfatizou o pesquisador.

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