O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que é "muito provável" que a pasta anuncie a redução do intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina da Pfizer no Brasil. O intervalo cairia dos atuais três meses para 21 dias. As declarações foram feitas para a jornalista Mônica Bergamo, do jornal “Folha de S. Paulo”.
A bula da vacina da Pfizer recomenda a segunda dose em 21 dias, mas o Ministério da Saúde decidiu ampliá-lo para três meses para conseguir imunizar mais rápido um maior número de pessoas com a primeira dose.
"Naquele momento, não tínhamos certeza da quantidade de doses de Pfizer que receberíamos neste ano e optamos por ampliar o número de vacinados com a primeira dose. Mas agora temos segurança nas entregas e dependemos apenas da finalização do estudo da logística de distribuição interna dos imunizantes para bater o martelo sobre a redução do intervalo da Pfizer para 21 dias", afirmou o ministro à jornalista. "As simulações de logística já estão sendo finalizadas", segue.
Ou seja, mesmo mantido o cronograma de entregas da Pfizer, sem antecipação, será possível a redução, desde que confirmada a capacidade logística da distribuição das ampolas.
Queiroga ressalta que a palavra final será dos técnicos e dos coordenadores do Programa Nacional de Vacinação (PNI), que estariam já em debate avançado sobre a possibilidade.
Já a vacina de Oxford/ AstraZeneca, produzida no Brasil pela Fiocruz, deve seguir com o intervalo de três meses, que é o previsto pela farmacêutica como ideal para o produto, segundo Queiroga.