Vereadora de Santos pede revogação de título dado a ministro da Educação

Em dezembro de 2020, ministro Milton Ribeiro recebeu o título de Cidadão Santista

Por: Sandro Thadeu  -  06/06/21  -  19:59
   Para Débora Camilo (PSOL), ministro manchou qualquer homenagem que pudesse ser prestada a ele após 'falas LGBTIfóbicas'
Para Débora Camilo (PSOL), ministro manchou qualquer homenagem que pudesse ser prestada a ele após 'falas LGBTIfóbicas'   Foto: Divulgação/Débora Camilo e Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A vereadora de Santos Débora Camilo (PSOL) apresentou um projeto de resolução que promete dar muita polêmica, caso seja pautado em plenário: o pedido de revogação do título de Cidadão Santista concedido ao ministro da Educação, Milton Ribeiro. A entrega dessa honraria ao titular da pasta ocorreu em dezembro do ano passado, após indicação do ex-parlamentar Hugo Duppre (Republicanos).


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Na avaliação da integrante do PSOL, Ribeiro manchou qualquer homenagem que pudesse ser prestada a ele após dizer, em setembro do último ano, que ser gay “não é normal e que gays vêm de famílias desajustadas”. “As alegações do ministro desrespeitam os Direitos Humanos e fazem coro com o preconceito arraigado na nossa sociedade e que vitima milhares de pessoas no nosso País e no mundo”, justificou.


A vereadora recordou que a Justiça Federal de São Paulo condenou a União a pagar indenização de R$ 200 mil por danos morais coletivas, por causa das “falas LGBTIfóbicas” do ministro.


Nada intencional

Duppre afirmou que Ribeiro é um homem de Deus, que a fala foi tirada de contexto e que o ministro jamais pretendeu ou incentivou qualquer forma de discriminação em razão de orientação sexual.


Sem ofensa

“Ele registrou suas sinceras desculpas àqueles que se sentiram ofendidos e reafirmou seu respeito a todo cidadão brasileiro, qual seja sua orientação sexual, posição política ou religiosa”, justificou.


Sem resposta

A homenagem a Ribeiro teve o apoio de todos os parlamentares da Casa naquela ocasião, inclusive os de partidos de esquerda. A coluna pediu um posicionamento do ministro, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.


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