Por Reuters


Médicos usam equipamentos de proteção para atender paciente em UTI reservada para casos de Covid-19 em Marselha, na França, em foto de 8 de setembrp — Foto: Eric Gaillard/Reuters

Os hospitais de Marselha, no sul da França, voltaram a ficar cheios nesta semana após aumento no número de casos de Covid-19, a doença do novo coronavírus. Embora a segunda onda da pandemia não tenha sido, até aqui, tão mortal quanto aquela que atingiu a Europa no primeiro semestre, médicos estão preocupados com a volta da pressão aos sistemas de saúde.

Em todos os dias desta semana, o professor Dominique Rossi reuniu um grupo de crise do coronavírus enquanto as unidades de terapia intensiva em hospitais de Marselha ficavam lotadas, decidindo sobre a melhor forma de distribuir leitos e buscar mais funcionários.

Médicos cuidam de paciente internado com Covid-19 em hospital de Marselha, na França, em foto de 8 de setembro — Foto: Eric Gaillard/Reuters

Com 95% de ocupação nos 80 leitos de terapia intensiva do departamento de Bouches-du-Rhône reservados para pacientes com Covid-19, Rossi tem usado seus conhecimentos sobre pandemia para lidar com um aumento no número de pacientes no epicentro do ressurgimento do coronavírus na França.

"Estamos de volta à rotina de trabalho que adotamos em abril", disse Rossi, urologista que chefia a Comissão Médica dos Hospitais de Marselha, à Reuters.

Segunda onda

Paciente internado com Covid-19 em hospital de Marselha, na França, em 8 de setembro — Foto: Eric Gaillard/Reuters

A França tem registrado uma das maiores acelerações de infecções por coronavírus na Europa Ocidental desde meados de julho.

O departamento francês de Bouches-du-Rhône apresentou uma taxa de positividade — taxa na qual os testes mostram infecção pelo novo coronavírus — de 14,2% na quarta-feira, mais que o dobro da taxa nacional. Autoridades de saúde dizem que uma taxa abaixo de 5% demonstra o controle sobre a disseminação da doença.

França registra alta nas internações em UTI

França registra alta nas internações em UTI

No semiprivado Hôpital Européen, o chefe da terapia intensiva Thomas Signouret declarou que metade dos 20 leitos da unidade é dedicada a pacientes com Covid-19. Oito deles já estão ocupados.

"Nosso maior problema agora é encontrar funcionários adicionais", disse Signouret, fazendo uma pausa em seu turno.

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!