O número representa somente 57% do total e fica abaixo do índice estadual, que é de 65%, segundo o sindicato.

A Seccional tem um déficit de 43% dos policiais civis previstos, taxa que fica acima da média estadual de 35%.

“A situação é gravíssima, a população de Presidente Prudente está completamente desprotegida pela falta de investimentos do governo do Estado na Polícia Civil. A falta de efetivo compromete o atendimento ao público e inviabiliza o trabalho investigativo”, afirmou a presidente do Sindpesp, Raquel Gallinati.

O sindicato avalia que, além de sobrecarregar os policiais, que chegam a realizar a função que deveria ser feita por quatro pessoas, esse déficit prejudica muito a qualidade do serviço de investigação e a segurança pública dos moradores da região.

“Esse déficit é um dos problemas que formam o triste cenário da Polícia Civil de São Paulo. Hoje trabalhamos com equipamentos obsoletos, viaturas sem manutenção e delegacias em péssimo estado de conservação. A situação só não é pior pela dedicação dos policiais civis, que se desdobram para oferecer uma segurança pública de qualidade, ainda que o resultado fique abaixo da potencialidade da polícia, pela falta de investimento do governo”, declarou Raquel Gallinati.

Em nota à TV Fronteira, a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que a Polícia Civil não comenta levantamentos cuja metodologia desconhece.

“Em relação ao déficit estadual, no entanto, ressalta que o número apontado não tem qualquer lastro com a realidade”, declarou a SSP-SP.

A pasta informou que, desde o início da atual gestão, em 2019, mais de 2.200 policiais civis, incluindo remanescentes do concurso de 2017, foram contratados.

“Outros 2.939 profissionais da segurança pública, sendo 2.750 para a Polícia Civil e 189 para a Polícia Técnico-Científica, tiveram suas contratações autorizadas por meio de concurso público, no último mês de outubro”, concluiu a secretaria.