O ministro da Economia, Paulo Guedes, reagiu nesta sexta-feira ao comentário irônico do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que comemoraria com um bolo de aniversário o envio da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial ao Congresso.
"Como ele [Maia] tem feito algumas cobranças de pautas públicas, vamos conversar publicamente sobre isso", disse. "Por que [a Câmara] não aprovou ainda [a PEC do] Pacto Federativo? O bolo tem que ser entregue na casa dele".
"O Senado já fez a sua parte, agora a Câmara tem que pautar o BC independente", disse, referindo-se ao projeto de lei que estabelece a autonomia do Banco Central. "Estamos esperando o presidente da Câmara pautar o BC independente."
Segundo Guedes, a medida "tem baixo custo político: nada a ver com guerras políticas, presidência disso e daquilo".
O ministro também comentou a desistência do senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator da PEC Emergencial, de apresentar o relatório neste ano. "Ele mesmo falou que a conturbação está tão grande que prefere jogar para frente", disse.
Em relação à tramitação da reforma tributária, Guedes afirmou que houve "interdição" por Maia "de um imposto em particular", referindo-se à cobrança sobre transações financeiras.
Por fim, ele voltou a afirmar que o presidente da Câmara tem uma aliança com partidos de esquerda para impedir privatizações. "Hoje mesmo [Maia] está cobrando privatizações", disse. "Ele tem acordo com a esquerda para impedir privatizações."