Por SP1 — São Paulo


120 famílias estão há quase uma década à espera de uma moradia em Campo Belo, na capital

120 famílias estão há quase uma década à espera de uma moradia em Campo Belo, na capital

Cerca de 120 famílias aguardam há quase uma década por casa própria que foi prometida pelo governo. Essas famílias são ex-moradores da favela do Buraco Quente e do Comando, na Zona Sul de São Paulo e foram desapropriadas há quase uma década para obras da Linha 17-Ouro do monotrilho. O monotrilho deveria ter sido entregue para a Copa do Mundo do Brasil em 2014. A obra do monotrilho foi orçada em R$ 4 bilhões.

O terreno murado tem quase 3 mil metros quadrados e fica às margens da Avenida Washigton Luis.

“Eu só quero que me devolvam a minha moradia, eles têm que me dar minha moradia, antes de eu morrer eu quero a minha moradia. Isso tá errado, quer dizer que a moradia era pra mim e vai ser pros meus bisnetos?”, questiona a ex-moradora da favela, Euzina do Rosário.

Há 9 anos, época da desapropriação, os moradores podiam optar pelo recebimento de uma indenização em dinheiro ou pelo auxílio-aluguel até a entrega do conjunto habitacional.

A ex-moradora da favela do Comando, Fabiana da Silva, escolheu o auxílio-aluguel, no valor de R$ 790.

“Quando eu saí aqui da comunidade, o primeiro lugar que eu fui morar foi na Cupecê. Chegando lá, a dona da casa aumento o aluguel e fui pra Zona Leste. Da Zona Leste eu tive que ir pra Interlagos, de Interlagos eu voltei aqui pra Água Espraiada, agora eu tô aqui na Espraiada, pago um valor de aluguel de R$750. Estou aqui esperando a obra de Deus pelo visto, porque a obra da CDHU não vai”, lamentou.

O Geilson Sampaio, que morava na Favela do Comando, optou pela indenização e recebeu R$ 119 mil depois de muita negociação.

“A grande maioria das pessoas simplesmente não conseguiu o teto máximo e daí ocuparam outras áreas, foram pros extremos nesse processo de exclusão que a cidade vive, foram ocupar outras

A CDHU disse que não teve nenhum atraso no pagamento do auxílio-aluguel. Sobre o atraso na construção do conjunto habitacional, disse que em só concluiu o processo de desapropriação em março do ano passado e assumiu a posse do terreno.

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