Por Jan Wolfe, Reuters


Fachada da Suprema Corte dos EUA em Washington, em foto de 2 de julho de 2020 — Foto: Jonathan Ernst/Arquivo/Reuters

A Suprema Corte dos Estados Unidos permitiu, nesta terça-feira (13), que o governo do presidente Donald Trump encerre a contagem da população para o censo 2020 dos EUA antes do planejado originalmente. Isso significa um revés para grupos de direitos civis preocupados com a subnotificação, especialmente de minorias raciais.

Os juízes derrubaram uma decisão de um tribunal inferior que determinava que a contagem da população continuasse até 31 de outubro. A agência do censo informou em 3 de agosto que encerraria a coleta de dados em 30 de setembro, um mês antes do programado.

A ordem da Suprema Corte é uma derrota para localidades como Los Angeles, Houston e Seattle, e também para grupos de direitos civis, incluindo a Liga Urbana Nacional, que entraram com um processo buscando o restabelecimento do prazo.

O governo Trump alega que mudou o cronograma para cumprir o prazo de 31 de dezembro para entrega dos resultados do censo ao presidente.

Por que grupos queriam a prorrogação do prazo?

Vista de um pequeno povoado perto de Espanola, em Novo México, em foto de janeiro de 2020. Entidades de direitos civis temem que locais como esse nos EUA não sejam incluídos no censo — Foto: Veronica G. Cardenas/Reuters

Críticos afirmam que Trump, que busca a reeleição no mês que vem contra o opositor Joe Biden, procurou arquitetar uma contagem inferior em áreas com tendência democrata com grande população de imigrantes e latinos.

A precisão da contagem do censo é fundamental, pois determina como a Câmara dos Deputados e as legislaturas estaduais definem os distritos eleitorais durante a próxima rodada de redistritamento e orienta o governo federal na alocação de US$ 1,5 trilhão em ajuda por ano.

As partes que entraram com processo argumentaram que o cronograma "apressado" levaria a resultados imprecisos do censo e "uma subcontagem maciça das comunidades de cor do país".

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