Por g1


Robert Durst em corte ao ser sentenciado à prisão perpétua, em Los Angeles, Califórnia, na quinta-feira (14) — Foto: Myung J. Chun/Pool via Reuters

Morreu nesta segunda-feira (10), aos 78 anos, Robert Durst, bilionário do mercado imobiliário dos Estados Unidos, condenado à prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional, por matar sua melhor amiga e confessar o crime durante a gravação de um programa de TV.

Durst também foi acusado acusado pela morte de Kathie Durst, sua esposa que desapareceu em 1982.

Durst cumpria sua pena de prisão perpétua na California Health Care Facility, uma prisão em Stockton. Segundo seus advogados, ele morreu no Hospital Geral de San Joaquin, nas proximidades, onde foi levado para testes. Depois de sofrer uma parada cardíaca, os médicos não conseguiram reanimá-lo.

Pouco depois de ser condenado pela morte de Berman, em setembro, Durst contraiu Covid e chegou a ser colocado em um respirador artificial. De acordo com os advogados, a doença agravou seu estado de saúde, já frágil anteriormente.

Crimes

Kathie tinha 29 anos quando sumiu, em 31 de janeiro de 1982, e seu corpo nunca foi encontrado. Durst se divorciou dela em 1990, alegando abandono, em 2017 ela foi declarada legalmente morta a pedido de sua família.

Berman foi morta com um tiro na nuca em 2000, em sua casa em Beverly Hills, e o bilionário americano sempre negou ser o autor do crime. A suspeita é que ele quis impedi-la de ir à polícia e testemunhar sobre o desaparecimento da sua esposa.

Documentário causa reviravolta

Durst nunca tinha sido acusado pela morte de Kathie, mas se auto incriminou no documentário "The Jinx: A Vida e as Mortes de Robert Durst".

Durst foi confrontado com uma carta que ele havia enviado à sua amiga, muito semelhante à nota enigmática e anônima que a polícia recebeu sobre a localização do corpo da escritora.

Aparentemente sem perceber que um microfone de lapela continuava ligado enquanto ele fazia uma pausa na gravação, para ir ao banheiro, Durst murmura "Pronto, te pegaram" e "Matar todos, claro".

O áudio foi exibido na conclusão do documentário, e o bilionário foi preso horas depois que o último episódio foi ao ar, em 2015.

No julgamento, seus advogados afirmaram que Durst havia enviado a nota à polícia após encontrar o corpo de Berman e entrar em pânico, mas que isso não significava que ele havia matado a amiga.

Morte no Texas e fortuna estimada

O documentário também aborda o assassinato de um vizinho de Durst no Texas, em 2001, cujo corpo foi encontrado desmembrado. Ele admitiu ter esquartejado o vizinho, mas afirmou que o assassinato foi em legítima defesa e as acusações contra ele foram retiradas.

A família Durst é uma das mais ricas dos EUA e está na 47ª posição do ranking da Forbes, com uma fortuna estimada em US$ 8,1 bilhões (cerca de R$ 46 bilhões na cotação atual).

Eles possuem mais de 1,5 km² de imóveis em Nova York e na Filadélfia, incluindo uma participação de 10% no One World Trade Center, prédio que foi construído após os atentados das Torres Gêmeas.

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